Menina de 8 anos é “astrônoma mirim” e já detectou 7 asteroides no espaço

Nicole Oliveira possui apenas 8 anos de idade e, entre a vida corrida no 3º ano do ensino fundamental e as brincadeiras de criança, ela ainda possui uma paixão: caçar asteroides. Sendo chamada de astrônoma mirim, a menina já conseguiu detectar 7 asteroides no espaço, e coleciona, além de muitos prêmios, muito orgulho dos pais.

Em conversa com o Estadão, Zilma Janaká, artesã, e Jean Carlo Oliveira, analista de sistemas, contaram que Nicole, desde muito nova, já se interessa pelos estudos de astronomia. “Ela deitava no chão e ficava olhando para o céu, pedindo estrelas”. Além disso, aos 7 anos, pediu de aniversário um telescópio, ao invés de uma festinha especial.

“Não queria festa. Nós dissemos que este presente era bem mais caro, porém nos esforçamos para realizar o desejo dela e, então, compramos”, contou Zilma. Nicole é apaixonada pelo assunto e, por causa disso, já acumula diversos prêmios, como uma medalha de ouro na Olímpiada Brasileira de Astronomia. “Eu fiquei muito feliz quando ganhei a medalha”, confirmou Nicole, também ao Estadão.

O amor da pequena astrônoma reuniu ainda mais pessoas no seus estudos. Assim, ela criou um clube chamado “Nicolinha e Kids”, no qual mais de 50 crianças entre 6 e 16 anos se juntam para estudar astronomia e mapear ainda mais asteroides. Nicole ainda possui uma conta no Instagram e um canal no Youtube em que fala sobre o assunto.

Nicole ainda conta com a participação em um programa do ministério chamado “Caça Asteroides” – que possui parceria com a NASA, com o IASC (International Astronomical Search Collaboration) e com a Secretaria de Educação de Mato Grosso. Para a participação da criança de 8 anos, algumas regras foram adaptadas – e Nicole recebeu muito apoio da família e de outros profissionais para a realização do projeto.

“Adaptamos o projeto para esta situação”, declarou Silvana Copceski, que é a coordenadora do programa. Nicole conta que pretende nomear as descobertas da iniciativa com nomes especiais, “Vou colocar nomes de cientistas brasileiros e de pessoas da minha família”, comentou.