Pai acusado de asfixiar a filha de 4 anos em 2015 vai a júri popular

O novo julgamento do pai acusado de asfixiar a filhade 4 anos em 2015 deve ter início nesta quarta-feira, dia 24 de maio, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. O primeiro julgamento, que resultou na condenação de Ricardo Krause Esteves Najjar a 24 anos e 10 meses de prisão em 2018, foi anulado após dois anos. O novo júri, agendado para os dias 24, 25 e 26, contará com trinta testemunhas convocadas pela Justiça.

Inicialmente, um segundo julgamento havia sido marcado para janeiro deste ano, mas foi adiado. O crime, ocorrido em dezembro de 2015, teve como cenário o bairro do Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo. A criança foi encontrada asfixiada com uma sacola plástica na cabeça, e a defesa do paialegou tratar-se de um “acidente doméstico”, onde a criança estaria brincando com a sacola.

Ricardo foi preso durante o velório da menina e permaneceu detido por um ano, sendo solto antes do julgamento por conta do “excesso de tempo de prisão temporária”. No entanto, ele foi novamente preso em março de 2017. No julgamento de 2018, Ricardo foi condenado por homicídio doloso duplamente qualificado, com a intenção de matar, além de fraude processual por supostamente alterar a cena do crime. À época, ele estava detido na Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba.

Em setembro de 2020, o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou o primeiro julgamento, declarando-o nulo devido à “contradição dos quesitos dos jurados”. Os desembargadores da 12ª Câmara Criminal de São Paulo determinaram a liberdade provisória do réu, considerando que ele aguardou preso pelo julgamento e aguardaria o novo júri em liberdade.

Após diversos adiamentos ocasionados pela pandemia e solicitações da defesa, o segundo júri está agora programado para ocorrer nesta semana. A vítima, Sophia Kissajikian Cancio Najja, vivia com a mãe, mas passava alguns períodos com o pai. O crime aconteceu no apartamento de Ricardo, localizado na Zona Sul de São Paulo, onde a criança foi encontrada asfixiada com uma sacola plástica na cabeça.

Investigadores e peritos examinaram minuciosamente o apartamento, situado no primeiro andar de um prédio no Jabaquara, e não encontraram indícios de presença de terceiros no local além da menina e do pai no momento do crime, tampouco evidências de arrombamento.

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