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“A síndrome de Down não pode ser mais importante do que a própria pessoa”, afirma Ana Castelo Branco

Gustavo Morita
Gustavo Morita

Publicado em 30/05/2018, às 08h50 - Atualizado às 09h00 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


A publicitária Ana Castelo Branco foi a segunda palestrante do 5° Seminário Internacional Pais&Filhos, que tem como tema “Porque Ser Mãe é o Máximo”.

Ana é mãe de Mateus, que tem síndrome de Down, e Helena. Partindo do tema da palestra “Especial é a mãe”, ela jogou luz sobre a diferença que grande parte das pessoas tratam quem tem síndrome de Down. “A síndrome não pode ser mais importante do que a própria pessoa”, afirmou.

Ana recebeu a notícia de que Mateus tem síndrome de Down depois de 24 horas que ele nasceu. Como não sabia absolutamente nada sobre o assunto, ela fez a escolha de dar um tempo na profissão para cuidar do filho. “Minha experiência com a maternidade é igual a fazer um passeio de buggy pelo Nordeste. Primeiro que não tem segurança nenhuma. Depois, o motorista pergunta: com emoção ou sem emoção? E a gente sempre escolhe com emoção”.

Quando Mateus estava com 4 meses de idade, ela engravidou de Helena. E percebeu que não fazia sentido chamar apenas Mateus de “especial”, já que ambos os filhos são especiais. Então, começou a afirmar que especial era ela — a mãe.

Ana afirma que, por mais que os pais de crianças com dificuldade em geral não tenham vergonha de exibir os filhos para o mundo, não acontece o mesmo com o resto. As escolas, o mercado de trabalho e a sociedade como um todo ainda tenta mantê-los na escuridão. “Quando eu ouvia falarem sobre meu filho, parecia que o Mateus era uma entidade, que reunia todos os conceitos e preconceitos possíveis com pessoas com síndrome de Down”.

Ana também desmistificou alguns pensamentos errados. “Ouvi muita gente falar que o caso do meu filho não é tão grave, porque ele tem um grau muito leve. Isso é errado. A síndrome de Down não tem níveis. O Mateus apenas tem um cromossomo a mais, e ele aparentar mais ou menos a síndrome não tira a condição dele”.

Ela também bateu na tecla de que a trissomia 21 não é doença, e sim uma síndrome, ou seja, um conjunto de características que denotam uma condição.

Ao longo da palestra, Ana exibiu diversos vídeos sobre o tema. Entre eles, um do ator espanhol Pablo Pineda, de 44 anos. Ele afirma que é preciso tratar pessoas com síndrome de Down com a idade que elas têm, e não como crianças: “Devem pensar que o que vocês têm é um filho para educar. E não um descapacitado para cuidar”.

“É tentador continuar tratando nossos filhos igual bebê, e quando ele tem um atraso, isso se torna ainda mais difícil. Mas decidi que preciso deixar esse menino crescer”, completa Ana.

Leia também:

Ana Castelo Branco fala sobre ter um filho com Síndrome de Down

Conheça Ana Castelo Branco, palestrante do nosso 5° Seminário Internacional Pais&Filhos

Papo reto da Ana Castelo Branco para você

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