Família

4 mentiras que contamos para nossos filhos e que influenciam a personalidade deles

mentiras que contamos para as crianças

Publicado em 22/09/2015, às 10h32 - Atualizado em 23/09/2020, às 05h13 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice


mentiras que contamos para as crianças

Você provavelmente já ouviu algumas mentirinhas dos seus pais e acabou repetindo para seu filho em certos momentos mais delicados, quando aquela famosa pergunta “De onde vêm os bebês?” aparece em uma conversa. Ou então disse para seu filho que a picada da vacina não ia doer nada quando, na verdade, até você ainda sente alguma dor.

É mentira? É. Mas a gente sabe que às vezes apela para uma mentira pequena deixa o dia a dia um pouco mais simples. Só precisamos ter a medida certa disso, para não marcar a vida da criança para sempre e acabar recebendo de volta o efeito contrário: deixar seu filho ainda mais ansioso ou intrigado sobre determinado assunto. Vamos a elas:

“O seu avô virou uma estrela”
É inerente ao ser humano, pelo menos na sociedade ocidental, ter medo da morte e não saber lidar muito bem com ela. Como nós, adultos, termos dificuldade de aceitar a morte de pessoas queridas, assumimos que nossos filhos também não vão conseguir aguentar essa dor. Em vez de contarmos o que realmente aconteceu e tentar tornar a morte um acontecimento natural, inventamos certas histórias mirabolantes como “foi morar no céu”, “vai dormir por muito tempo”, “virou uma estrela” ou “fez alguma viagem”. Isso quase sempre não convence a criança do que aconteceu nem ameniza a saudade que ela vai sentir.

Se as respostas que damos para as crianças não são satisfatórias, elas acabam procurando explicações em outras fontes – normalmente duvidosas. Associar a morte ao sono pode deixar a criança com medo de dormir e inventar uma viagem que não existe cria a falsa expectativa de que um dia a pessoa (ou o bichinho de estimação) vai voltar. O que fazer, então? Conte o que aconteceu. Nada mais, nada menos. Não precisa entrar em méritos maiores que a criança não vai entender, nem detalhes que vão deixá-la impressionada demais. Viver perdas faz parte da vida e do desenvolvimento do seu filho.

“Engole o choro. No futuro, você vai me agradecer.”
Castigo corporal só causa duas coisas: dor e raiva. Seu filho pode até te obedecer imediatamente depois de alguns tapas, mas vai ficar com medo de você e muitas vezes vai reagir de forma oposta ao que você pretendia. Além do mais, o respeito que seu filho tem por você deve vir de dentro para fora e não de fora para dentro. Não é fácil conquistar isso, não é simples fazer uma criança obedecer. Mas machucá-la com certeza também não é a saída.

Estudos provam que castigos corporais não ensinam o que é certo ou que é errado, ou seja, a criança não aprende valores morais por meio de tapas. Na verdade, acontece exatamente o contrário. Quando os pais não estão, os filhos ignoram as regras. Quando estão, eles mentem. Bater também pode criar problemas imediatos e futuros. Mesmo aos 2 anos, crianças que sofrem castigos físicos tendem a evitar seus pais e são mais agressivas.Algumas até começam a ir mal na escola porque apanham em casa.

“Foi uma cegonha que trouxe você”
Uma pesquisa da Universidade de Montreal com mais de mil adolescentes de 14 a 17 anos revelou que quanto mais a criança for enganada sobre o sexo enquanto é pequena, mais cedo ela vai buscar satisfazer sua curiosidade. Dos entrevistados, 45% disseram que conversam sobre sexo com os pais, e 32%, com os amigos. Entre os que mantinham um diálogo mais aberto com os pais, apenas 18% eram sexualmente ativos. Essa porcentagem subia para 37% no grupo dos que não tocavam no assunto.

Ou seja, quanto melhor a criança for informada, menos curiosidade ela vai ter de ter uma experiência sexual antes da hora. Se seu filho insistir com “De onde vêm os bebês?”, explique deforma direta e pontual tudo que ele perguntar, usando alguma imagem lúdica o mais próxima possível da realidade da criança – a história da sementinha plantada pelo pai na barriga da mãe é uma boa opção.

“Você é o melhor desenhista da sua sala”
Elogiar é bom. As crianças adoram ser reconhecidas pelos seus esforços e fazem de tudo para agradar os pais, principalmente as crianças menores. Mas cuidado para não deixar o ego do seu filho inflado demais quando elogiá-lo. Você deve valorizar o esforço quando há esforço, assim você motiva seu filho a buscar a melhora em tudo o que fizer. Se não ficou tão bom quanto poderia ter ficado, diga a ele para tentar de novo, mas sem pressionar.

Assim como você, seu filho tem alguns limites e é normal que ele seja um ótimo aluno em matemática, mas péssimo jogador de futebol. O mais importante é que ele não desanime em dar o seu melhor. O elogio exagerado pode ser tão prejudicial quanto as críticas sistemáticas porque pode impedir a criança de ver a realidade e levá-la ao comodismo.


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