Publicado em 26/08/2022, às 08h45 - Atualizado às 09h37 por Carolina Ildefonso, mãe de Victor
A Anvisa aprovou nesta quinta-feira, 25 de agosto, a importação e utilização de vacina e medicamento contra a monkeypox, conhecida popularmente por varíola dos macacos, pelo Ministério da Saúde. O órgão informa que a dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao MS e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada.
As decisões foram tomadas após uma avaliação feita por equipe multidisciplinar composta por servidores concursados da Agência e as liberações foram decididas pela Diretoria Colegiada da agência. A Anvisa avaliou ainda dados da Agência Americana (FDA) e da Agência Europeia de Medicamentos e Agência do Reino Unido.
A diretora relatora Meiruze Freitas, destacou que a Monkeypox é causada por um vírus semelhante à varíola, portanto, espera-se que a vacina contra a varíola previna ou reduza a gravidade da infecção pela Monkeypox. Contudo, ressaltou a necessidade da condução de estudos de monitoramento para a confirmação da efetividade da vacina para a prevenção da Monkeypox.
A autorização se aplica a vacina Jynneos (EUA) ou Imvanex (EMA) – (vacina contra varíola e Monkeypox, vírus vaccínia modificado, cepa Ankara) fabricada na Dinamarca e Alemanha. O imunizante é destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e possui prazo de até 60 meses de validade quando conservada entre -60 a -40°C.
O remédio aprovado é o Tecovirimat, de 200 mg, de uso oral, com prazo de validade de 84 meses e indicado para o tratamento de doenças causadas pelo Orthopoxvirus em adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 kg. O produto a ser importado é o mesmo autorizado nos Estados Unidos. Meiruze Freitas destacou o conhecimento prévio da Anvisa sobre o medicamento e ressaltou ainda que o acesso ao medicamento pode salvar vidas. As autorizações começam valer após a publicação no Diário Oficial da União.
A Organização Mundial da Saúde informou nesta quinta-feira, 25 de agosto, que o número de casos vem caindo após uma tendência de alta que durou um mês. Entretanto o Brasil ocupa o terceiro lugar do ranking mundial dos países com maior número de casos e fica somente atrás dos Estados Unidos e Espanha. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, são 4.144 casos confirmados e 4.653 pacientes com suspeita da doença.
O Ministério da Saúde alerta: o contágio por contato próximo pode ocorrer, principalmente, por relação sexual, beijo, abraço e contato com a pele lesionada, ou com fluidos corporais, como pus, sangue e saliva da pessoa doente.
Mas, a transmissão pode ocorrer também pro meio de contato com objetos contaminados, tais como toalhas, roupas de cama, talheres, pratos e outros utensílios que foram manuseados pela pessoa infectada, também oferecem risco de transmissão. Dessa maneira, trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos ficam mais expostos ao risco de infecção.
Neste caso, o isolamento social é importante para conter a disseminação. Os sintomas duram de duas a quatro semanas. Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam, com febre, dores no corpo e na cabeça, ínguas, calafrios, fraqueza e feridas na pele. O período de transmissão ocorre até que as lesões cicatrizem completamente e uma nova camada de pele se forme.
Ainda segundo a OMS p diagnóstico é fundamental e deve ser realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético.
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