Após ataque em escola, professora diz não querer voltar a dar aula: “Preciso de tratamento”

A escola Thomazia Montoro sofreu um ataque no dia 27 de março e desde então, as aulas foram suspensas. Acontece que quatro pessoas foram feridas e uma das professoras, Elisabeth Terneiro, de 71 anos, faleceu. Após 2 semanas da fatalidade, o colégio retornou às atividades.

O retorno nesta segunda-feira, 10 de abril, está acontecendo para somente 90 alunos. No entanto, somente amanhã, terça-feira, a volta será para todos os estudantes da instituição. Na hora da chegada na frente da escola Thomazia Montoro, alunos, professores e pais se emocionaram. Alguns levaram flores até o local.

Além das várias homenagens, um cartaz foi estendido na fachada em que tinha uma mensagem para os alunos: “Queridos alunos, sejam bem-vindos”. Os muros da instituição também foram pintados de branco e vão ser coloridos durante as atividades desta semana.

Para a Folha, uma mãe de um aluno que era da sala do jovem que realizou o ataque, disse ser difícil deixar o filho ir para a escola, porém, ela contou estar feliz por ver as professoras da escola. Já, outra mãe relatou estar com o coração acelerado pela filha voltar para escola, mas acredita que a instituição dará todo o amparo necessário para os jovens.

Das vítimas, duas professoras foram nesta segunda-feira até a escola. Ana Célia da Rosa disse que o retorno foi emocionante. Para a Folha, Ana afirmou que ficará afastada nesta semana por conta dos machucados na mãe, mas logo menos irá voltar a dar aulas. “Foi emocionante, meu coração disparou”, diz ela.

Já, Rita de Cássia Reis conta que foi difícil voltar para escola e não pensa em voltar para as salas. “Preciso de tratamento, tempo em casa, absorver e entender que foi um caso isolado, que os alunos não são assim. Para mim, voltar foi difícil. Nada de emoção”, falou Rita.

O que diz a Secretaria da Educação

Conforme o órgão público, a escola terá um plano de acolhimento com equipes multiprofissionais de saúde. Já, os estudantes irão fazer atividades pedagógicas diferentes, como oficina de arte para modificara a escola.

Além disso, a instituição terá roda de conversa, oficinas para consciência corporal, jogos colaborativos e outras atividades. O monitoramento policial também irá acontecer, com ronda escolar e apoio do Gabinete Integrado de Segurança e do Programa Escola Mais Segura.

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