Publicado em 20/08/2021, às 11h30 - Atualizado às 13h20 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
Um estudo feito por cientistas da Public Health Ontario, do Canadá, e publicado na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association) em 16 de agosto de 2021 diz que crianças menores de 3 anos têm mais possibilidades de transmitir covid-19 do que adolescentes. A pesquisa foi realizada com 6.280 crianças que testaram positivo para o vírus entre 0 a 17 anos.
Os pesquisadores separaram essas crianças em grupos de acordo com a faixa etária de cada uma: de 0 a 3, 4 a 8, 9 a 13 e 14 a 17 anos. Os dados coletados durante os estudos são referentes às datas entre 1º de junho e 31 de dezembro de 2020, em Ontário, Canadá. Após as pesquisas, foi possível concluir que crianças menores de 3 anos podem ser mais propensas a transmitir o vírus do que as mais velhas.
De acordo com as conclusões do estudo, crianças de 0 a 3 anos possuem mais chances de transmitir o vírus da covid-19 para as pessoas com quem elas moram quando comparados com jovens de 14 a 17 anos. “A explicação do artigo para esse resultado são: a demora para a realização de testes em crianças menores, bem como a capacidade de carga viral que ela carrega”, contextualiza o Dr. André Laranjeiras, pai de Sofia e Manuela, e pediatra do Hospital Albert Einstein, que tem lidado diretamente com casos de covid-19 em seus pacientes.
“Crianças mais jovens demoram mais tempo para realizar testes e detectar a contaminação do que adolescentes. Muitas vezes a família tem resistência em testar os filhos porque os exames podem ser mais invasivos e os sintomas são muito mais leves do que em adultos. Isso faz com que aquele vírus permaneça circulando dentro de casa por mais tempo. Além disso, outra questão é o isolamento. Uma pessoa mais velha com sintomas mais graves busca um médico ou se isola em casa, mas é difícil isolar uma criança pequena porque ela precisa estar com um adulto. Esse é o maior problema”, começa o dr. Laranjeiras.
Sobre a carga viral, o pediatra explica que ela é tão grande em crianças mais novas quanto em adultos – a diferença é a manifestação do sintoma. “Isso faz com que o vírus se espalhe de maneira tão intensa quanto com pessoas mais velhas”.
Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que esse é um novo estudo que traz novos olhares sobre a situação. “O que sabemos até agora é que crianças e adolescentes transmitem menos o vírus. Quanto mais velho os adolescentes, que estão entre 12 e 17 anos, as taxas de transmissão tendem a ser mais parecidas com as de adultos. Quanto mais novas as crianças, menos elas transmitem”, ele começa.
O Dr. André reforça que esse estudo reafirmou que crianças são, sim, transmissoras do coronavírus e que necessitam receber tanto cuidado quanto os adultos. Dr. Renato, em paralelo, reforça que essa é a primeira pesquisa que levanta esse dado. “É uma coisa para a gente ficar atento”.
Brianna Nicoletti, alergista e imunologista pela USP, mãe de Felipe e João Pedro, levanta outros pontos importantes que colaboram com a transmissão da covid-19 quando crianças são os membros contaminados da família:
A Dra. Brianna explica como o vírus atua dentro do organismo de crianças: “Uma teoria predominante sobre o fato de as crianças com menos de 10 anos não parecerem adoecer tanto pode estar relacionada a uma enzima chamada ECA2. Quando o SARS-CoV-2 entra no organismo, as proteínas da espícula que circundam o vírus se ligam à ECA2 (como uma chave e a fechadura)”.
“O que se acredita é que as crianças possuem maior quantidade dos receptores [ECA2] do vírus no nariz e no sistema respiratório superior do que nos pulmões. Nos adultos, esses receptores podem estar em maior número nos pulmões. Mais receptores ECA2 nos pulmões, explicaria por que alguns dos adultos têm infecções mais graves por covid-19”, finaliza.
“Se a criança menor de 3 anos estiver positiva para covid-19, ela não deve ir pra escola, ter contato com pessoas idosas ou com outras comorbidades. Ela deve permanecer em isolamento na sua casa, com algum adulto responsável. Esse adulto deve permanecer de máscara caso não esteja positivo e manter o ambiente bem ventilado”, explica André. “Essa criança não vai receber a indicação de um medicamento específico, a não ser os que ela já usa para sintomas como dor ou febre. A oxigenação deve ser acompanhada, se possível, com o oxímetro. Se ela apresentar sinais de alerta, como febre persistente, queda da saturação menor do que 92%, cansaço e dificuldade para respirar, ela deve ser levada para o pronto socorro”.
Dra. Brianna ainda reforça a importância de não interromper a amamentação mesmo em caso de contaminação: “Recomenda-se que as mães usem máscaras, façam higiene constante das mãos, e mantenha, dentro do possível, afastamento de 2 metros”.
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