Publicado em 26/02/2021, às 14h11 - Atualizado às 14h12 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano
Michele Spindola de Souza Freire, de 37 anos, chegou à Emergência do Complexo Hospital de Niterói (CHN) sentindo-se mal, com um quadro grave de falta de ar, cansaço e febre, e para completar: grávida de 33 semanas. No hospital, ela foi diagnosticada com Covid-19 e já estava com 75% do pulmão comprometido.
À espera de Milena, a gestante deu entrada no hospital no dia 25 de dezembro. Logo após a internação, ela teve grave piora no quadro de saúde. A situação levou a equipe médica a interromper a gravidez prematuramente e realizar o parto cesárea na noite de Natal, um dos maiores medos da enfermeira ao descobrir que estava contaminada com o vírus.
Em entrevista exclusiva à Pais&Filhos Michele lembra: “Quando cheguei no CHN, já estava tão mal que nem estava mais sã na hora. Lembro que os médicos estavam aflitos querendo me levar logo para o centro cirúrgico e de lá já não lembro mais nada. A médica falou comigo sobre realizar meu parto e disse que ia ficar tudo bem”.
Daniela Gomes Machado Selano, coordenadora da Maternidade do CHN e a obstetra que realizou o parto, explica que dependendo da idade gestacional realizar o parto prematuro é a melhor decisão. “Essa [escolha de realizar o parto] é uma opção tirar a criança para salvar a mãe. Como naquele momento a paciente já estava intubada e com os pulmões comprometidos, escolhemos, então, fazer o parto com plena certeza e segurança, pois contávamos com todo o suporte tecnológico e humano da UTI, além de um centro cirúrgico obstétrico moderno, uma equipe especializada em gravidez de alto risco e uma UTI neonatal totalmente preparada para receber o bebê, que nasceu com 33 semanas, pesando cerca de 2 kg”.
E como previu a médica, a decisão de realizar o parto de emergência salvou mãe e bebê. “O parto foi difícil, principalmente pelo estado de saúde grave da mãe, que estava sob cuidados intensivos, então, representou altíssimo grau de risco, mas estávamos totalmente preparados, com uma grande equipe de profissionais envolvidos e todo o suporte da maternidade com a estrutura de um complexo hospitalar”, explica Daniela.
Após dar à luz, por conta do quadro grave e comprometimento dos pulmões, Michele ficou intubada por 17 dias na UTI lutando contra a Covid-19. Assim como a filha, que lutou pela vida e resistiu bravamente à prematuridade e veio ganhando peso e força durante a internação na UTI Neonatal do mesmo hospital. “A hora que levaram ela, me senti vazia, como se faltasse um pedaço de mim”, ela lembra.
Foram 17 dias intubada até chegar o momento do reencontro emocionante entre mãe e filha. Michele se recuperou bem e teve alta no dia 14 de janeiro, e a bebê, depois de 25 dias de internação, foi para casa pesando 2.6 kg. Além de Milena, de 2 meses, a enfermeira é mãe de Pedro Guilherme, de 9 anos. “Ser mãe é uma dádiva, e eu, com certeza, sou privilegiada por ter um príncipe e uma princesa”.
Depois de vivenciar uma experiência aterrorizante para inúmeras mães, Michele, que acredita que a família “é o bem mais precioso, e porto seguro” , faz questão de deixar um recado para as mães e famílias que podem estar passando por situação parecida com a dela e reforça a importância de manter a fé. “Primeiro confiar em Deus, porque só ele tem o dom de dar a vida e de tirar, e segundo, acreditar nos profissionais de saúde, eles são capacitados para fazer o que estão fazendo”, finaliza.
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