Irmão salva vida de irmã diagnosticada com câncer raro: “Foi muita emoção”

Edgar Pascoal de Lima Neto, de 42 anos, salvou a vida da irmã, a servidora Carla Danubia Ribeiro da Costa Lima, de 39 anos. Ele foi doador de medula para a irmã, que foi diagnosticada com um câncer raro, uma mielofibrose. A cirurgia foi em janeiro no Distrito Federal e hoje, 8 meses após a cirurgia, Carla recebeu a notícia que está totalmente livre do câncer. Uma vitória para ser comemorada pelo resto da vida.

“Eu sinto que renasci. Estou curada, não tenho mais sinais de câncer raro na medula, não sinto mais dores. Com essa doação, minha vida mudou completamente. São muitas coisas que quero voltar a fazer, porque tem muita vida para viver”, disse Carla ao Metrópoles. “Foi muita emoção. Nós dois choramos muito. No fim, tudo deu certo. Edgar produziu quatro vezes mais células-tronco do que eu precisava. Era uma vitória atrás da outra. Ele foi minha base quando eu precisei. Nós todos vencemos”, comemora a mulher.

Carla descobriu que estava doente em agosto de 2021, quando recebeu o diagnóstico de câncer. Foram dois meses até a boa notícia chegar para a família: Edgar era o único parente compatível e iria realizar o transplante. Três dias após a divulgação, Carla e Edgar começaram a se preparar para a cirurgia. Ela começou o processo com sessões de quimioterapia, e o irmão começou a tomar os medicamentos necessários para a produção de mais células-tronco.

Dois dias antes da cirurgia, o irmão teve um princípio de infarto, por causa dos medicamentos  fortes, e precisou ser levado rapidamente para o hospital. “Eu teria de ficar internado, mas assinei um termo de responsabilidade e fui embora. Tive muito medo de não poder ajudar minha irmã. Fui para casa, corri risco, mas fiquei bem. Depois, estava pronto para a cirurgia. É uma vitória nossa”, diz Edgar.

Carla contou que, quando estava na sala de cirurgia, o irmão mandou uma mensagem: “Minha parte foi feita. Agora, é com você”. Emocionado, ele pediu que a irmã fosse forte e prometeu encontrá-la assim que o procedimento acabasse. A mulher disse que, a partir do próximo ano, quer comemorar uma nova data de aniversário: 26 de janeiro, data em que recebeu o transplante de medula-óssea do irmão. Carla é mãede um menino de 7 anos e sonhava com a recuperação total para vê-lo crescer.

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