Família

Mãe de Henry muda versão e relata agressões de Jairinho em carta

Veja os principais trechos da carta de Monique Medeiros, mãe de Henry - Reprodução / TV Globo
Reprodução / TV Globo

Publicado em 26/04/2021, às 05h37 - Atualizado às 05h49 por Camila Montino, filha de Erinaide e José


Em uma carta de 29 páginas, a mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, diz que já foi agredida e ameaçada por Jairinho. O relato sobre o relacionamento abusivo, segundo a professora, foi divulgado pelo Fantástico neste último Domingo, 25 de abril.

Veja os principais trechos da carta de Monique Medeiros, mãe de Henry (Foto: Reprodução / TV Globo)

As declarações foram reunidas pela defesa de Monique, que tentou convencer a polícia a ouvi-la novamente nas investigações do caso, mas não tiveram sucesso. Diferentemente do depoimento prestado na 16ª DP, Barra da Tijuca, há mais de 30 dias, a professora contou agora que foi enforcada e obrigada a tomar medicamentos.

Na carta, Monique admite que mentiu no depoimento à polícia e conta uma nova versão sobre o caso Henry, que foi agredido por Jairinho, segundo a investigação, e sobre o dia em que o menino foi assassinado. A nova versão é diferente do que Monique disse aos investigadores, 10 dias após a morte do filho.

No primeiro depoimento, ela disse que encontrou o filho no chão do quarto e foi avisar Jairinho, já no trecho da carta, Monique diz que foi acordada pelo médico. “De madrugada, ele me acordou dizendo que encontrou Henry no chão e que meu filho estava respirando mal. Meu filho estava de barriga para cima, com a boca aberta e olhando para o nada. Ele estava mãos e pés gelados. Jairinho disse que ouviu um barulho e encontrou o menino no chão. Enrolei o Henry em uma manta e corri para a emergência, mas em nenhum momento achei que estava carregando meu filho morto”, escreveu.

A professora ainda acusa Jairinho de ser ‘possessivo e descontrolado’ e descreve agressões que sofreu. “Eu tentava a todo custo me afastar e me desvincular dele, mas fui diversas vezes ameaçada e minha família também”, relata outro trecho da carta.

Monique ainda alega que acordou no meio da noite sendo enforcada por Jairinho. “Lembro de ser acordada no meio da madrugada, sendo enforcada, enquanto eu dormia na cama ao lado do meu filho. Quase sem ar, ele jogou o telefone em cima de mim, me xingando, me ofendendo e perguntando por que eu não estava o atendendo e por qual motivo eu tinha respondido uma mensagem do Leniel onde eu o chamava de Lê e ele me chamava de Nique. Eu pedia desculpas, disse que não chamaria mais o Leniel de Le e que conversaríamos depois. No dia seguinte ele se desculpou, disse que me amava muito, que eu era muito bonita para ele e que tinha muito ciúmes”, diz a carta.

A defesa de Monique diz que ela não contou a versão na época por ter sido convencida a proteger o Jairinho. “A Monique a todo momento ela sempre estava com alguém, nunca esteve sozinha, no sentido de ter a liberdade de poder falar aquilo que ela teria a dizer, precisava dizer”, disse Thiago Minagé.

Veja abaixo os principais trechos da carta da mãe de Henry:

  • “Eu estou sofrendo muito. Não há um dia que eu não chore pela morte do meu filho”
  • “Não mereço estar sendo condenada por um crime que eu não cometi. Nunca acobertei maldade ou crueldade em relação ao Henry”
  • “Nunca encostei um dedo nele, nunca bati no meu filho, eu fui a melhor mãe que ele poderia ter tido”.
  • “Eu não sabia, mas estava sendo manipulada durante todo o tempo”
  • “Meus pais são pessoas boas (…) temo pela vida deles”
  • “Eu tentava a todo custo me afastar e me desvincular dele (Jairinho), mas fui diversas vezes ameaçada, e minha família também”.
  • “Jairinho começou me pedindo para apagar muitas fotos do meu Instagram”
  • “Depois ele começou a pedir que eu parasse de responder mensagens de amigos homens”
  • “Depois ele começou a pedir que eu bloqueasse esses amigos”
  • “Ele (Jairinho) me ligava por dia pelo menos umas 20 vezes, colocou localizador no meu telefone e sempre pedia que eu mandasse foto”
  • “Jairinho começou a ter ciúme de eu ir na academia e até colocou gente para me seguir e tirar foto de mim malhando para saber com qual roupa eu estava indo treinar”
  • “Daí os ciúmes foram só piorando… e ele começou a ter muito do Leniel [ex-marido de Monique e pai de Henry]”
  • “Passei a ter crises de ansiedade com tantas cobranças e picos de pressão e ele começou a me receitar ansiolítico e remédio pra dormir (rivotril de 2mg e patz)
  • “Lembro de ser acordada no meio da madrugada, sendo enforcada enquanto eu dormia na cama ao lado do meu filho”
  • “Leniel disse que não queria que Jairinho desse abraços no Henry, porque ele tinha reclamado que o tio tinha dado um abraço muito forte e que tinha apertado ele demais”.
  • “Henry veio correndo até a cozinha uns 15 minutos depois que Jairinho chegou, dizendo que o tio tinha dado uma ‘banda’ nele e uma ‘moca’. Fui até a sala perguntar o que tinha acontecido e Jairinho disse que ele era um ‘bobalhão’, que segurou ele pelos braços brincando e passou a perna, mas que Henry nem caiu, pois ele estava segurando-o, aí Henry disse pra ele que ia contar pra mim e ele deu uma ‘moca’ brincando”.
  • “Comecei a notar que nas minhas taças de vinho, sempre havia um ‘pozinho’ branco no fundo (…) Um dia fui ao banheiro e quando voltei, peguei ele macerando um comprimido dentro da minha taça”.
  • “Quando fui sair ele tinha trancado as portas e escondido as chaves pra eu não sair. (…) Ele tomou meu celular da minha bolsa, me segurou bem forte pelos braços e me jogou no sofá, dizendo que eu não ia a lugar nenhum. Eu saí correndo para o quarto pra me trancar e ele veio correndo atrás, me pegou com mais força e me jogou na cama”.
  • “Ele deu uma joelhada na parede e começou a gritar dizendo que tinha sido eu (…) O médico perguntou a ele como ele tinha se machucado e ele mentiu, dizendo que tinha caído. Após esse dia, eu disse que iria embora, que ele era muito instável”.
  • “Falei que iria embora de novo, que não aguentava mais tanta humilhação e fui pegar minhas malas. Foi quando ele teve uma crise e começou a chutar minhas malas na sala, tomou minha bolsa e escondeu”.
  • “Corri para o quarto de hóspedes e me tranquei lá. (…) Ele começou a bater na porta, esmurrar a porta, gritar, xingar, até que ele arrombou a fechadura e conseguiu entrar no quarto e começou a gritar comigo, dizendo que só ia parar se eu tomasse remédio e fosse dormir no nosso quarto”
  • “Preciso prestar novo depoimento, pois fui orientada a mentir sobre a noite da morte do meu filho. Fui treinada por dias para contar uma versão mentirosa por me convencerem de que eu não teria como pagar por um advogado de defesa e que eu deveria proteger o Jairinho, já que ele se diz inocente”
  • “Só pude entender o relacionamento que eu estava vivendo quando fui presa e a maior perda e a maior pena que eu poderia ter em minha vida foi a morte o meu filho amado, Henry”.
  • “(Jairinho) ligou a televisão num canal qualquer, baixinho, ligou o ar condicionado, me deu 2 medicamentos que estava acostumado a me dar (…). Logo eu adormeci, acho que nem chegamos a conversar. De madrugada, ele me acordou, dizendo pra eu ir até o quarto, que ele pegou o Henry do chão, o colocou na cama e que meu filho estava respirando mal”.

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