Menino de 7 anos rasteja para fugir de atentado contra o próprio pai na porta de casa

Um menino de apenas sete anos teve que rastejar na rua para fugir de tiros que estavam sendo disparados contra o pai dele. Tudo aconteceu quando eles chegavam em casa de carro, após uma partida de futebol. O caso aconteceu em Goiânia, Goiás.

Casimiro Fernandes, é advogado e ex-policial, e foi filmado por uma câmera de segurança chegando em casa de carro com o filho. Segundos após a criança descer do carro, os disparos são efetuados por um homem de roupa preta, que desceu de um carro prata e correu até o veículo de Casimiro. O rapaz atira seis vezes, e três desses disparos atingiram o advogado.

Enquanto tudo acontece, a criança se abaixa e rasteja pelo chão e procura proteção em frente a uma das rodas dianteiras do carro. Pouco tempo depois do ataque, a polícia localizou o criminoso e o motorista por meio da placa do veículo. Os dois estavam em casa e de acordo com informações da polícia, o crime teria sido motivado por uma dívida. “Seria na casa das centenas de milhares, seria uma suposta dívida que a vítima teria com ele, e ele cobrou algumas vezes, foi tratado com desdém. Ameaçou e cumpriu essa ameaça”, conta o PM Thyago Ferreira em entrevista a RecordTV.

Casimiro agora está internado em estado grave e respira com ajuda de aparelhos. O menino de sete anos não teve nenhum ferimento e está com os familiares.

Outros casos: Ataque racista

Um torcedor e um dirigente do San Lorenzo, da Argentina, foram presos nesta última quinta-feira, 10 de agosto, por atos racistascontra a torcida do São Paulo. Os dois casos aconteceram durante a partida no estádio do Morumbi, na Zona Sul da capital paulista. As duas equipes se enfrentaram pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana.

O torcedor David Emanuel foi flagrando arremessando uma banana e fazendo gestos racistas contra uma criança de apenas 12 anos. Ele foi retirado da arquibancada e levado para a delegacia. Já o dirigente do clube mostrou uma foto de macaco para torcedores e fez gestos racistas. Ele estava no camarote destinado a dirigentes do San Lorenzo.

O delegado Cesar Saad disse que as prisões foram convertidas pela Justiça em preventiva e os dois foram encaminhados para um Centro de Detenção Provisória (CDP). Por conta da alteração na lei, o crime não admite pagamento de fiança. Ambos seguirão presos no Brasil.

O delegado afirmou que “as imagens acabam falando por si só”, e ainda destacou que ambos os homens foram assistidos por representantes do consulado da Argentina e que passaram por todo o rito processual. Os dois argentinos serão conduzidos para um centro de detenção provisória.

Em entrevista à UOL, Cesar Saad disse: “O primeiro acusado, ainda durante a partida, um torcedor argentino que estava na arquibancada, no setor de visitantes, fez gestos de macaco para torcedores no setor intermediário e uma criança foi atingida por uma banana que foi arremessada. A criança foi trazida junta com o pai, apresentaram a casca da banana. Esse torcedor, pelas imagens de celulares, foi identificado e conduzido aqui para a delegacia e autuado em flagrante por crime de racismo”.

Torcedores do San Lorenzo jogaram uma BANANA em um torcedor do São Paulo, quando o mesmo estava comemorando o gol.

É repugnante que essas coisas continuem acontecendo e a CONMEBOL não toma nenhuma atitude.

TODO JOGO CONTRA ARGENTINOS TEM CASOS DE RACISMO! pic.twitter.com/WFvxRnllUS

— Marcella Azevedo (@ma_azevedo94) August 11, 2023

Cesar ainda deu depoimento sobre o segundo acusado: “Ao final da partida, em outro setor do estádio onde estavam diretores do San Lorenzo e convidados, um deles, após o resultado negativo, fez gestos de macaco e também foi detido pela polícia. Ele está sendo preso em flagrante por racismo. Estavam em um camarote”.

O delegado afirmou que os dois vão passar por julgamento, e têm direito à ampla defesa. Eles foram ouvidos, e têm direito a dar as versões deles, assistidos por advogados. Relatou também que inclusive, existem representantes aqui do consulado argentino que acompanharam eles, assistiram em todos os momentos, e ainda os ajudaram na tradução. Passaram pelo rito processual.