Publicado em 16/06/2021, às 10h50 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h26 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Apesar da pandemia estar acontecendo há mais de um ano, é comum ainda surgirem dúvidas sobre os testes de covid-19 e em qual ocasião podem ser realizados. Nos laboratórios, hospitais e farmácia, é possível encontrar modelos variados, mas afinal, como cada um funciona?
Para explicar a diferença entre eles e saber sobre a efetividade dos testes, conversamos com Estevão Urbano, infectologista do Hospital Vila da Serra, Presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e Diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Antes de mais nada, é muito importante buscar por estratégias para detectar e combater a presença do vírus. Uma delas são os testes de covid-19, que podem ser realizados de forma molecular ou imunológica. Dentro das opções, existem ainda suas variações. Confira abaixo cada uma delas:
O teste mais comum para diagnosticar a covid-19. O ideal é que seja realizado ainda na primeira semana dos sintomas, não ultrapassando o 12º dia. Nesse período, a carga viral está mais elevada, permitindo que o RNA do vírus seja detectado na amostra colhida.
Como é feito: é colhido o material de secreção respiratória, no nariz e na garganta, através do swab. Ele se parece bastante com um cotonete.
Quanto custa: geralmente, é encontrado por R$ 280,00
O termo, que vem de point of care test, também é feito pela secreção do nariz e garganta atravez do swab. Geralmente, ele é realizado nos ambientes hospitalares e traz o resultado apenas em alguns minutos, com a mesma precisão do PCR comum. “Seria um PCR ultrarrapido. Infelizmente eles são muito indisponíveis no nosso meio, mas quando disponível, é bastante rápido”.
Quanto custa: apesar de ser mais difícil de encontrar, pode custar em média R$ 280,00
Nesse tipo de teste, o resultado também sai em poucas horas e pode ser realizado em casa. Após a coleta, o paciente leva a amostra de saliva até o laboratório, ou via retirada, para análise do resultado. É o teste molecular mais barato e pode ser comprado até mesmo online, sem a necessidade de um pedido médico.
Como é feito: para realizar o LAMP, o paciente compra o equipamento, leva para a casa, ativa o kit, colhe a saliva e leva ao laboratório. “A diferença para esse tipo de teste é que o próprio paciente deve encaminhá-lo ao laboratório”.
Quanto custa: o valor fica em torno de R$ 169,00 e precisa ser analisado em laboratório
Também conhecido como “teste rápido”, ele utiliza um swab nasal para a coleta. A partir disso, são buscados fragmentos do vírus (pela saliva ou nariz) e pode detectar uma infecção entre 15 a 20 minutos. “O antígeno tem essa vantagem, embora seja uma técnica um pouco menos sensível que o PCR”, comenta Estevão Urbano.
Quanto custa: os valores costumam variar entre R$ 99,00 a R$ 140,00
O teste não detecta o vírus, mas sim se o paciente apresenta anticorpos. “Na grande maioria das vezes, é para avaliar se o paciente já teve a doença ou se respondeu a vacina. Existe a sorologia rápida e a que demora um pouco mais, mas o objetivo é o mesmo”, explica o infectologista.
Como é feito: o teste é realizado a partir do sangue, coletado pela veia do paciente. Após a retirada, o material é armazenado em tubos e levado para laboratório para ser analisado.
Quanto custa: pode variar entre R$ 100 a R$ 250
O infectologista comenta que todos eles são seguros e possuem uma boa efetividade. “Mas, as suas indicações dependem da sua necessidade. Então, aqueles testes que tentam diagnosticar a presença do vírus e portanto dar o diagnóstico da doença ativa, são os testes que pesquisam o vírus através da técnica de PCR e de antígeno”.
A principal diferença entre os dois tipos de teste é a velocidade de realização. “As técnicas antigênicas ficam prontas na hora, de 15 a 20 minutos. Já as técnicas de PCR demoram um pouco mais. Você tem PCRs feitos de 4 a 6 horas ou a cada 12 horas. O antígeno tem essa vantagem, embora seja um pouco menos sensível que o PCR”.
Quando as duas técnicas são comparadas, o médico explica que o PCR é um pouco mais sensível, pois consegue detectar mais casos do que o do antígeno. Mas, isso não significa que a segunda opção seja ruim, pois ela também consegue identificar um grande número de casos.
“Agora, quando o teste do antígeno dá negativo e a pessoa tem sintomas compatíveis com a covid-19, ela pode fazer a técnica do PCR, que é um pouco mais sensível e aí sim, com o PCR negativo, descartamos a infecção”, comenta. Mas, Estevão explica ainda que se o paciente também tiver o resultado negativo no PCR e os sintomas permanecerem, pode ser recomendado um novo teste de PCR, cerca de dois ou três dias após o resultado do primeiro.
Como a infecção pelo coronavírus costuma ser dinâmica, a carga viral tem o ápice atingido no organismo próximo do início dos sintomas e passa a diminuir conforme o tempo. Nos pacientes que possuem algum sintoma da covid-19, é importante que o teste seja realizado o quanto antes, antes do 8º dia.
Para as pessoas que tiveram contato com um paciente infectado e querem saber se foram contaminadas, o teste pode ser feito a partir de três dias. É importante que o período seja respeitado, evitando assim falsos-negativos por causa da carga viral baixa.
Se houver a necessidade de sair de casa e entrar em contato com outras pessoas, é indicado realizar o teste do tipo PCR perto da data e mesmo sem sintomas. Por ser mais sensível, ele indica se o paciente está contaminado. Caso o resultado seja positivo para a covid-19, é importante respeitar o isolamento social por 14 dias.
Sim. Em farmácias ou laboratórios privados existe a opção do paciente realizar os testes mesmo sem pedido médico. Geralmente, os agendamentos podem ser feitos de forma online, ou ainda pelo telefone, conforme datas e horários disponíveis.
IgM: indica a infecção da covid-19 na fase ativa, sendo assim a primeira defesa do organismo contra a infecção. Resumidamente, é o anticorpo de fase aguda, mostrando que o paciente está contaminado.
IgG: nesse caso, é mostrado que o paciente já teve contato com o vírus, mas está em uma fase mais tardia da infecção. O resultado positivo de IgG indica que existem anticorpos da covid-19.
Sim. Apesar da infecção poder desenvolver uma certa proteção, a vacinação é indispensável, pois os anticorpos podem durar por um tempo menor. “A proteção gerada pela vacina é diferente e mais duradora, então as pessoas precisam ser imunizadas”, comenta o Dr. Lívio Dias, infectologista do Centro de Reprodução Humana Santa Joana, filho de José Carlos e Maria Lúcia.
Por enquanto, essa ainda é uma resposta que não temos. Até o momento, foram feitos estudos sobre a segurança e a eficácia, sem saber após a imunização o vírus continua sendo transmitido. “Pode ser que tenhamos respostas diferentes para vacinas diferentes”, conclui Livio. Portanto, é superimportante continuar seguindo todas as medidas de prevenção até que haja o controle da pandemia.
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