Gravidez

Chocolate faz mal à gestante?

Imagem Chocolate faz mal à gestante?

Publicado em 19/07/2013, às 14h30 - Atualizado em 11/06/2015, às 16h41 por Redação Pais&Filhos


Tido como um “santo remédio” por muitas mulheres, o chocolate vira fonte de dúvidas antes mesmo da chegada do bebê. É um alimento saudável durante a gravidez e amamentação? E quando, após a fase de amamentação exclusiva, podemos oferecer a iguaria para a criança? Para tornar a questão mais controversa, recentemente, durante feira da associação de produtores de cacau, foi dado o alerta: boa parte do que está nas prateleiras dos supermercados não pode nem ser chamado de chocolate, por não conter o percentual mínimo de cacau exigido pela legislação.

Bom senso para não abrir mão do prazer

O controle do peso é um grande desafio para a maioria das gestantes. E, principalmente nesse período, se você é assumidamente chocólatra, vale investir no consumo de um produto de qualidade sempre tendo em mente que menos é mais. Chocolate é basicamente composto de gordura de cacau, açúcar e cacau. A gordura é saturada, o que é ruim. O açúcar é sabidamente um inimigo. Já o cacau é valorizado por ter propriedades antioxidantes e aumenta a produção de serotonina, que é uma substância do cérebro ligada à sensação de prazer e, com isso, alivia a depressão e a ansiedade. Além de elevar os níveis de serotonina, as calorias aumentam os teores de endorfinas, o que explica a sensação de prazer citada pelos consumidores.

“O chocolate ao leite e o branco são os mais engordativos. Vale frisar que o excesso de aumento de peso da gestante pode ser prejudicial e causar mudança na programação metabólica fetal, o que é ruim para o recém-nascido. Isso significa, além de problemas no parto e prematuridade, o desencadear de doenças que afetarão a criança para o resto da vida, como a hipertensão, além de infecções graves e ganho de peso excessivo do bebê nos primeiros três meses de vida”, alerta o pediatra e nutrólogo Artur Delgado. A Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) emitiu uma nota, dizendo que os produtos feitos com menos de 25% de cacau são considerados doces com “sabor de chocolate”. A Abicab reforça que, de acordo com portaria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), somente é chocolate o produto que possua pelo menos 25% de cacau. Abaixo disso, o produto é considerado com sabor de chocolate, registra o documento.

Para as futuras mamães, então, a dica é: consulte o rótulo. O que pode não ser uma tarefa tão simples. Pesquisa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) concluiu que falta informação nos rótulos dos chocolates brasileiros. Entre 11 marcas de chocolate ao leite pesquisadas em março último, apenas uma informou o percentual de cacau na embalagem. As outras dez não fizeram nenhuma menção à quantidade. Ainda não existe lei que obrigue as empresas a colocarem esse dado na embalagem, mas, para o instituto, seria “razoável que essa iniciativa partisse dos próprios fabricantes”. “Seria muito importante que o teor de cacau viesse impresso no rótulo. Fica a sensação de que essa informação é uma estratégia de marketing, usada apenas quando isso é conveniente aos fabricantes”, afirma Ana Paula Bortoletto Martins, nutricionista do Idec, em documento divulgado na época da pesquisa.

Pressa para quê?

Já se seu filho te viu revirar os olhinhos ao saborear um chocolate, dependendo da idade, temos um problema. Após os seis meses de vida, período mínimo indicado para o aleitamento materno exclusivo, o chocolate não integra a lista dos primeiros alimentos a serem oferecidos. O ideal é não ter nenhuma pressa em introduzir o chocolate na dieta da criança. Veja por que.

– Contém conservante e acidulante que são alergênicos e, por isso, não recomendados para menores de 1 ano.

– Bolachas com recheio de chocolate são o que há de pior, principalmente se oferecidas entre as refeições. Estragam o apetite e a criança vai comer mal na expectativa de que logo ganhará a guloseima.

– O chocolate nunca pode substituir refeições já que não contém proteínas. Deve ser no máximo um complemento à sobremesa, jamais substituí-la.

– Outra desvantagem é que os mais saudáveis, com teor superior a 50% de cacau são caros e não vão agradar as crianças por serem amargos.

Consultoria: Artur Figueiredo Delgado, filho de Jacy e José, pediatra e nutrólogo. Tel.: 11 5052-3617

Veja curiosidades no vídeo da Pais&Filhos TV sobre chocolate:


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Alimentação

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