Publicado em 31/10/2018, às 16h09 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h24 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
No despertar pela manhã, lanche da tarde ou antes de dormir. O leite está presente em diversas partes do dia de muitas famílias brasileiras. E em diferentes idades também: ao contrário do que muita gente escuta por aí, o leite é importante para a saúde em qualquer fase da vida, já que contém proteína de alta qualidade.
Além disso, é o primeiro alimento com o qual temos contato logo ao nascer. Mas você já parou para pensar sobre a origem desse produto tão importante e presente na vida da sua família? Para entender melhor esse processo, visitamos as fazendas produtoras de leite da Nestlé, na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e a fábrica da Nestlé, na cidade de Carazinho, também no RS.
O convite partiu de uma grande novidade da empresa, que retirou totalmente os estabilizantes das linhas de leite Ninho e Molico, sendo os primeiros a serem produzidos em larga escala no Brasil. A medida faz parte da estratégia e vontade de oferecer alimentos mais naturais às famílias.
Antes, os estabilizantes eram incluídos nos leites UHT para manter o produto estável, o que garante o frescor e o deixa o mais perto possível de seu estado original, logo após sair da ordenha da vaca. E foi a partir das boas práticas disseminadas nas fazendas que a Nestlé conseguiu retirar todos os compostos químicos da produção de leite longa vida no Brasil.
Agora, sem o uso dos estabilizantes, o cuidado e a agilidade do produtor são essenciais para a diminuição da quantidade de bactérias no leite cru. Entre a caminho fazenda até as gôndolas do mercado, é uma verdadeira corrida contra o tempo: com coleta diária, o prazo é de 48 horas para que o leite esteja no supermercado.
Tudo começa no campo
Para conseguir atender a demanda do mercado brasileiro, a Nestlé coleta cinco milhões de litros de leite por dia, processados em nove fábricas e três postos de resfriamento. Mas apesar de manter uma produção gigante, é através dos pequenos produtores, espalhados por diferentes cantos do país, que a empresa constrói a base de suas fábricas: no total, são 13,5 mil fornecedores diretos e indiretos — e grande parte deles é formada por agricultores de pequeno porte.
Durante a visita, nós conhecemos a família Erig, que possui 36 hectares de campo no município de Victor Graeff, no Rio Grande do Sul, onde Douglas, Andrea e Thalles — pai, mãe e filho — produzem o leite diário que garante o sustento deles e de outras famílias. No total, eles têm 41 vacas que mantêm uma produção de 30 mil litros por mês.
Por lá, nós vimos de perto as práticas adotadas nas fazendas para garantir a qualidade do leite: a ausência de contato manual com o leite, a limpeza correta dos animais e equipamentos, a refrigeração imediata do leite após a ordenha, e acima de tudo, o cuidado com a saúde dos animais.
Nas fazendas, o leite é coletado diariamente por caminhões lacrados para impedir a contaminação durante o transporte até a fábrica. Na indústria, logo depois dos testes iniciais de controle de qualidade, o leite passa por dois processos de esterilização: a pasteurização, um aquecimento leve, que mata boa parte das bactérias, e o processo UHT, no qual o leite é aquecido por quatro segundos a 140°C, zerando o número de micro-organismos.
Depois, o produto é imediatamente envasado nas caixas com embalagem longa-vida, para que não estrague. É dessa forma que o leite se conserva por muito tempo, mesmo sem os aditivos químicos, como conservantes. Por último, o leite deixa a fábrica e é direcionado aos pontos de venda.
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