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Você sabe como são feitas as papinhas da Nestlé?

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Publicado em 26/06/2018, às 15h37 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


Enquanto de um lado da máquina entram potes vazios, do outro saem, a cada minuto, 270 unidades de papinhas prontas para serem consumidas. Caixas e mais caixas repletas do produto se empilham no final da linha de produção. Quem visita uma fábrica pela primeira vez pode se impressionar com a quantidade e rapidez do processo, mas a surpresa é ainda maior ao ver que as papinhas são produzidas sem nenhum conservante ou substâncias químicas estranhas.

Fomos convidados a visitar a fábrica da Nestlé, em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, para acompanhar de perto a produção de papinhas. Antes de mais nada, vale lembrar que até os 6 meses de idade, o bebê só precisa do leite materno e nada mais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Depois, podem ser introduzidos alimentos pastosos, mantendo em paralelo a amamentação até os 2 anos ou mais. E é nesse momento que as papinhas industrializadas podem ser uma ajuda e tanto.

Claro que nada é melhor do que o alimento fresco e natural para o seu filho, como uma pera amassada na hora, por exemplo. Mas as papinhas industriais são vantajosas pela praticidade e rapidez.  É bom recorrer à ela somente quando você não tiver tempo para preparar a refeição com alimentos naturais, como em viagens ou passeios longos, já que uma papinha caseira pode estragar no caminho pela temperatura imprópria.

Essa confusão, aliás, é muito comum entre os pais e mães. Grande parte acredita que fazer a papinha em casa e transportá-la por aí é mais seguro do que comprar uma no mercado para dar ao filho. Mas, ao contrário de uma papinha feita em casa, a industrializada não estraga facilmente por causa da pasteurização e do controle dos ingredientes feitos na fábrica. Depois de aberta, ela pode ser consumida em até 24 horas, se conservada na geladeira.

O passo a passo na fábrica

Tudo começa no campo. Pela manhã, visitamos o sítio do Lourival Fernandes, agricultor e parceiro da Nestlé há mais de 10 anos. A propriedade tem mais de 26 hectares, onde são cultivadas as cenouras que entram na receita das papinhas. Todas as frutas e legumes usadas na produção seguem obrigatoriamente a norma europeia da empresa. Ou seja, esses alimentos têm 300 vezes menos agrotóxicos, se comparados com os que são controlados pela legislação brasileira.

No sítio do Lourival Fernandes, pudemos ver de perto a plantação de cenouras que entram na receita das papinhas (Foto: Jennifer Detlinger)
No sítio do Lourival Fernandes, pudemos ver de perto a plantação de cenouras que entram na receita das papinhas (Foto: Jennifer Detlinger)

Ainda no mesmo dia, as caixas com os legumes vindos dos produtores são transportadas e descarregadas na fábrica para a primeira etapa da produção: a preparação dos alimentos. Antes disso, uma amostra passa por testes que verificam a qualidade da matéria-prima.

Em seguida, vem o processo de seleção, onde acontece a limpeza dos alimentos, eliminando a terra e outras sujeiras. Em uma esteira, a  equipe retira a casca e outros pedaços imperfeitos de cada legume – tudo é feito manualmente. Depois de descascados e limpos, eles vão para o processo de fabricação, onde cada ingrediente é pesado e dosado para que as receitas mantenham um padrão de sabores e nutrientes. Nesta etapa também acontece a dosagem de água, de acordo com o tipo de papinha que vai ser preparada.

A limpeza e descascamento dos alimentos são feitos manualmente pelos funcionários da fábrica (Foto: Jennifer Detlinger)
A limpeza e descascamento dos alimentos são feitos manualmente pelos funcionários da fábrica (Foto: Jennifer Detlinger)

Na cozinha da fábrica, é feito todo o preparo das receitas. Os ingredientes entram em uma esteira com vapor para a moagem e os funcionários usam grandes tachos que acomodam até 350 kg de alimentos, como se fossem panelas, para cozinhar a mistura. No caso de papinhas com pedaços de alimentos, os legumes são cortados manualmente, em vez de moídos, e depois acrescentados separadamente à receita. Os alimentos sólidos não podem ter mais de 2 milímetros, para evitar que o bebê engasgue ao comer a papinha. Isso é checado por uma máquina de raio-x, que identifica a cartilagem de uma carne, por exemplo, e a elimina.

No laboratório da fábrica a análise sensorial das papas e testes para verificar elementos são feitos e verificam itens como, por exemplo, o teor de sódio (que tem que ser sempre zero) e o pH. Antes do fechamento das papinhas, cada pote de vidro que entra na linha de produção passa por uma checagem e só depois é higienizado. Concluída essa etapa, os recipientes são inspecionados mais uma vez por uma máquina com oito câmeras que impede que os vidros com defeitos sejam usados.

É o processo de fechamento à vácuo que garante que as papinhas fiquem bem conservadas (Foto: Jennifer Detlinger)
É o processo de fechamento à vácuo que garante que as papinhas fiquem bem conservadas (Foto: Jennifer Detlinger)

Como as papinhas não levam conservantes, elas precisam passar pelo processo de fechamento à vácuo. Primeiro, um jato de vapor de água elimina o oxigênio de dentro do pote e depois a tampa é colocada, formando o vácuo. O próximo passo é o tratamento térmico que garante a esterilização do produto e o mantém conservado sem precisar ficar na geladeira.

Em seguida, as embalagens recebem o rótulo, que é transparente, como os potes de vidro – dessa forma, o consumidor consegue ver todas as cores e texturas dos alimentos que estão ali dentro. Os potinhos ficam armazenados em temperatura ambiente por um período de sete dias e depois são testados um a um para ter certeza que estão com vácuo. Essa etapa é muito importante para garantir que as papinhas estejam apropriadas para o consumo: ao girar a tampa e abrir a embalagem pela primeira vez, dá para ouvir um barulho, como se estivesse destravando o potinho. Se você não ouvir esse “ploc”, significa que a papinha não está ideal para ser dada ao seu filho.

Por fim, as papinhas deixam a fábrica no interior de São Paulo e são transportadas e distribuídas por todo o Brasil.

O que tem no potinho?

Durante a visita à fábrica, fizemos uma enquete em nosso Instagram perguntando se os nossos seguidores sabiam que as papinhas têm apenas ingredientes conhecidos, como carnes, verduras, frutas, legumes, suco e água. E o resultado foi uma grande surpresa: apenas 13% do público sabia dessa informação!

As papinhas doces da Nestlé: sem adição de açúcares ou conservantes (Foto: Jennifer Detlinger)
As papinhas doces da Nestlé: sem adição de açúcares ou conservantes (Foto: Jennifer Detlinger)

Se você está acostumada a dar papinha ao seu filho e sente culpa por causa disso, imaginando que ela faz mal, esqueça! Mesmo sendo industrializadas, as papinhas são seguras e saudáveis. A maioria dos alimentos industrializados recebem adição de conservantes sintéticos, corantes, espessantes, açúcares, gorduras ou outras substâncias artificiais que devem ser evitadas na dieta dos bebês. Mas as papinhas não: elas usam apenas a embalagem a vácuo como conservante e são feitas realmente do que está escrito no rótulo, além de não conter glúten, sódio ou açúcar.

Atualmente, a Nestlé está lançando papinhas ainda mais naturais, como parte do Projeto Green, que baniu de vez o amido e o ácido cítrico das receitas. Fizemos uma degustação da papinha de pera e a diferença no sabor da versão com e sem amido é enorme. Essas novas receitas do projeto estarão nas prateleiras dos mercados até o primeiro semestre de 2019.

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