Mãe de gêmeas com doença rara mantém uma das filhas sem vida na barriga
Thaiana Loena Fraga, de 29 anos, foi diagnosticada com Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF)
Resumo da Notícia
- Uma mulher grávida de gêmeas desenvolveu uma condição rara e hoje carrega uma das bebês mortas;
- Thaiana Loena Fraga realizou intervenção cirúrgica para tentar reverter o quadro clínico;
- A nutricionista descobriu a condição com 27 semanas de gestação.
Grávida de gêmeos, Thaiana Loena Fraga perdeu uma das bebês com 27 semanas de gestação devido a uma condição rara. Próxima de dar à luz, a nutricionista segue a gestação com uma das bebês sem vida há quase dois meses em sua barriga.
A mãe de primeira viagem, com 29 anos, sempre desejou ter gêmeos, e depois de meses de planejamento, recebeu duas surpresas: o sonho de ser mãe de gêmeas se tornou realidade, mas a mulher tinha poucas chances de ter Maria Heloísa e Maria Alice, porque Thaiana desenvolveu a Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF).
Thaiana está em uma gestação gemelar univitelina, com dois bebês em apenas uma placenta (Foto: Reprodução/G1/Arquivo Pessoal)A síndrome acontece quando um dos fetos passa a ‘doar’ sangue para o outro e fica anêmico. O receptor, por sua vez, recebe muito sangue e tem a produção de líquido amniótico aumentada, sobrecarregando o coração, que é o caso de Maria Heloísa.
Thaiana está em uma gestação gemelar univitelina, com dois bebês em apenas uma placenta (Foto: Reprodução/G1/Arquivo Pessoal)Para tentar salvar a vida das duas bebês, Thaiana precisou passar uma cirurgia de emergência. “Descobrimos que os cordões umbilicais se uniram e uma das bebês estava sugando o sangue da outra, o coração não dava conta. A única alternativa era a cirurgia, tinha 55% de chance das duas sobreviveram, e eu me agarrei nisso”, comentou a nutricionista em entrevista ao portal G1.
Apesar dos esforços, ao final da cirurgia, os médicos disseram a triste notícia a Thaiana. “O coraçãozinho dela já tinha parado de bater, a Maria Heloísa estava com insuficiência cardíaca. Mantemos as duas na minha barriga porque a placenta ainda tem bastante líquido e está sendo possível manter apenas uma viva sem que haja risco de infecção”, lamentou.
“É uma situação muito delicada, tenho na barriga uma bebê viva e outra morta, amanhã vou conhecer uma filha viva e outra sem vida, preciso ser forte porque a Maria Alice vai precisar de mim”, disse.