Publicado em 29/08/2023, às 12h05 por Beto Bigatti
Desde muito cedo, minha mãe destacava minha diplomacia. Criança ainda, era ponderado e sereno (ao menos aparentava ser). E sempre escutava dela que eu deveria ser diplomata. Fluente em três línguas e me virando bem no inglês, cada vez que falava em profissão, minha mãe tascava um “vai pro Instituto Rio Branco!”, o local onde se formam os diplomatas brasileiros.
Ou seja, ao invés de estarmos conversando agora, eu poderia ser o presidente da ONU, de acordo com minha mãe. Claro que era fofo ela acreditar tanto no meu potencial. Porém, a cada escolha que eu fazia na vida (e que iam me afastando da presidência da ONU), uma decepção surgia no rosto da minha mãe. E as frustrações foram se somando.
Todos nós já acreditamos que nosso filho é fora da curva. Um gênio! Seja porque leu ou falou muito cedo ou porque encaixou as pecinhas mais difíceis no brinquedo colorido. Em algum momento a gente teve a certeza de ter gerado um novo Einstein. Ah, que satisfação! Não se zangue comigo, mas na maioria das vezes nossos maravilhosos filhos não serão um novo vencedor do Prêmio Nobel, nem irão batizar alguma teoria revolucionária com seus nomes e, infelizmente, nem todos serão presidentes da ONU, mãe. Mas quer saber, eu até acho bom.
Você sabe, nasce um filho, nascem milhares de expectativas. Das mais banais às mais sofisticadas, é natural sonharmos com o melhor para nossos rebentos. Porém, deveria haver um limite para nossa criatividade.
E muita atenção aqui: não se trata de limitar as potencialidades do seu filho. Pelo contrário! A ideia aqui é tirar dos ombrinhos talentosos dos nossos filhos, as toneladas que depositamos neles por conta das nossas (altíssimas) expectativas. Porque tanta expectativa pode ser sintoma de muita frustração para ambos. A regra é simples: não devemos jogar em nossos filhotes a ingrata tarefa de resolver as nossas próprias frustrações.
Você também já viu por aí: filhos que precisam dar conta de serem os melhores atletas, atingirem as melhores notas ou de fazer o “jeté” mais impecável da história do ballet contemporâneo. Como em tudo na vida, vale aqui mirarmos no equilíbrio. Nosso futuro campeão mundial está feliz? É isso que ele quer? É neste momento que a honestidade faz toda a diferença. Converse com você mesmo. A cobrança está na medida certa? Quem está se realizando através do projeto de vida traçado para seu filho? Ele está feliz?
Quando nossas expectativas se alinham às dos nossos filhos, tiramos o peso da nossa projeção sobre o futuro deles e permitimos que eles voem mais leves. Para os destinos que eles já são capazes de almejar. Sim, eu sei, a gente quer traçar os caminhos por eles para ajudar, impulsionar. Mas assim, perdemos de vista a nossa jornada e limitamos o mapa às nossas vivências. E isso assusta: o mapa deles pode ser muito mais vasto que o seu e o meu. Mas afinal de contas, isso é o tal “criar os filhos para o mundo”, não é mesmo?
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