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Proteger demais é proteger “de menos”

A superproteção não faz bem nem para as crianças, nem para os pais - Getty Images
Getty Images

Publicado em 09/05/2023, às 08h44 por Dra. Ivanice Cardoso


Outro dia, navegando em uma rede social, vi um vídeo que comparava as mães dos anos 1980, 1990, 2000 e 2020 sobre “como elas protegem os filhos”. Meu Deus, como ficamos tão exigentes com a nossa performance como mães e pais. Um nível de “performance” que diz se somos bons, responsáveis, respeitáveis, positivos, sorridentes e conscientes o tempo todo.

Cuidar da sua casa é fundamental para prevenir doenças respiratórias na família toda
A superproteção não faz bem nem para as crianças, nem para os pais (Foto: Getty Images)

Só de ver tudo aquilo me senti sufocada. Pra muitos um meme, mas para pais e mães uma realidade que faz com que nos sintamos assim como os doguinhos “correndo atrás do próprio rabo”. A conta não fecha! E quando toda essa exigência é no universo online, na vida digital? Nossa, aí que a conta fica totalmente insuportável.

Mas o que percebo é que à medida que as exigências e o patrulhamento aumentam, nós vamos buscando soluções miraculosas pra nos atender e podermos ter um pouco de paz. Estamos todos em busca do “pó de pirlim plim plim” ou do botão mágico. Resumindo: antigamente, proteger era simples e nem sempre funcionava muito bem. Atualmente proteger é tão complexo e quase nunca funciona bem. Então por que estamos nos exigindo tanto se não está funcionando.

E pra ilustrar. Aí vai um relato de mãe de pré-adolescente. No início do ano eu deixei minha filha começar a usar o Roblox. Ela fez um “trial” de 10 dias e depois eu avisei que iria ativar os controles parentais. Uma das funções do controle é me avisar quando ela faz login na plataforma. Certo dia ela pediu para usar o tablet e me disse que ia jogar um pouco e ver vídeos de penteados no Youtube. Mas depois de 30 minutos eu não recebi o aviso de login no Roblox. “Mamãe, os bloqueios não me deixavam fazer nada e aí criei uma outra conta”, foi a explicação dela.

Naquele momento experimentei vários sentimentos. Frustração, bronca, desrespeito. Mas respirei fundo e lembrei de “voltar ao básico”. Tivemos uma longa e acolhedora conversa “olho no olho” sobre combinados, limites e construção de confiança. Voltar ao básico, olhar com interesse e respeito pra mim e para a minha filha, fez meu batimento cardíaco voltar ao normal, permitiu que eu pensasse com clareza e que também a ouvisse. Nos deu a oportunidade de lembrar que o mais importante não era o controle, e sim, a construção da nossa conexão. E sim, aquele controle tinha um motivo de existir e era um ato de respeito ao desenvolvimento dela.

Ela entendeu e me ouviu. E já temos colhido bons resultados quando ela me conta como se livrou de amiguinhos mal intencionados dentro do Roblox, como ela está “ficando boa” em interpretar as conversas e brincadeiras no Broke Heaven. Coisas que o controle não ensina, mas a conversa sim. Quando estiver complicado demais, vamos voltar para o básico? É no básico que estão todos os manuais e soluções para o mar de desafios. Não precisa ser “demais” nem “de menos”. Só ser o que se é possível ser.

Veja também: Vacinas salvam vidas: tudo sobre a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe

Vacina é um tema tão essencial que, pela primeira vez, a Pais&Filhos se uniu ao Ministério da Saúde e Crescer nessa causa. Estamos juntos para conscientizar a população sobre a importância da imunização contra a gripe e estimular a vacinação, com foco nos grupos prioritários.


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