Publicado em 26/07/2023, às 14h47 por Mayra Gaiato
A chance de ter um segundo filho autista é uma preocupação muito comum entre pais que já têm um pequeno no espectro e pretendem expandir a família. E, uma vez tendo uma criança do espectro, as chances dos outros filhos também terem autismo, são maiores, pois o autismo é causado pela somatória de fatores genéticos sendo que 81% deles são hereditários.
Fatores ambientais também influenciam, tal como idade paterna avançada, exposição materna a agentes com impacto intrauterino, como drogas, infecções, traumas durante a gestação e até mesmo a prematuridade. Ter ou não ter outro filho é uma dúvida importante, uma vez que existem diversos fatores – emocionais, estruturais e financeiros – relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) que podem influenciar essa decisão.
Existem alguns estudos que podem nos ajudar a entender a prevalência do autismo entre irmãos. Em estudos realizados pelo Instituto Mind em 2011, foi constatado que irmãos mais novos de pessoas autistas têm 7 vezes mais probabilidade de também nascerem com o transtorno. As chances aumentam se a criança for do sexo masculino. Esta mesma análise afirma que, quando um mesmo casal tem um filho no TEA, existe um risco de 20% de ter uma segunda criança com o transtorno (25% se for um menino e 11% se for uma menina). Quando o bebê possui mais de um irmão mais velho no espectro, essa probabilidade aumenta para 32%.
Se a criança tem outros transtornos do desenvolvimento, como o TDAH ou deficiência intelectual, isto também afeta a probabilidade de um segundo filho desenvolver o autismo, pois existem genes em comum entre eles.
Embora não existam medidas específicas para prevenir o autismo nos filhos, a indicação sobre questões relacionadas é realizar um bom pré-natal, com suplementação de nutrientes e controle de hábitos durante a gravidez. Síndromes metabólicas e diabetes gestacional, por exemplo. Essas precauções podem ser benéficas para a saúde geral do bebê e para o desenvolvimento neurológico, mas não necessariamente anulam as chances de o segundo filho ser autista.
Antes de planejar a segunda gravidez, é importante que os pais avaliem questões para além das estatísticas. Uma criança autista demanda muito dos cuidadores e é importante provermos os melhores cuidados possíveis para alcançar seu máximo potencial e ter uma vida feliz. Ajuda muito quando os pais cuidam da sua própria saúde emocional e contam com rede de apoio para ajudar com as crianças.
Esperar que tudo seja perfeito e impecável só levará a uma vida de sofrimento, mas podemos ter alguns cuidados para que o caminho de todos seja mais leve. Mais importante do que se preocupar com a probabilidade de uma criança ter ou não o transtorno, os pais devem ter expectativas realistas. Nenhuma família, independente de diagnósticos, será perfeita. O essencial é ter em mente que ter filhos é uma oportunidade de expandir nossa capacidade de amar. E a verdadeira felicidade não está apenas em ter uma criança sem transtornos ou com menos alterações.
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