Publicado em 04/08/2021, às 05h50 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro
Miguel tinha apenas 7 anos quando foi dopado e jogado no rioTramandaí, em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A mãe do menino, Yasmin, confessou ser a responsável pelo crime, mas a sua companheira nega qualquer participação no caso. Contudo, um vídeo registrou ameaças que Bruna, a companheira, fez para Miguel.
Durante a gravação, é possível perceber o menino dentro de uma guarda roupa. Enquanto isso, Bruna diz, “Eu vou te cuidar. Se a tua mãe chegar e tu te mijar, eu te desmonto a pau. Eu te desmonto, eu te desmonto, eu te desmonto, e tu vai sair todo quebrado. Se tu se mijar, eu pego o teu mijo e esfrego na tua cara”.
A mulher ainda questiona as atitudes de Miguel na frente da mãe, onde ele se joga e “faz escândalo”. O menino contou que faz isso porque pensa que a mãe o ajudaria. “É porque com ela eu acho que daí ela me ajuda. Com ela eu tento me aparecer de todos os jeitos pra ela dizer: ‘não, vou deixar ele solto, porque olha, ele não consegue segurar o xixi e ele preso ele não consegue ir no banheiro sozinho, ele precisa avisar e ele não tá avisando, então eu vou deixar ele solto”. Confira o vídeo.
Na madrugada da última quarta-feira, 28 de julho, Yasmin, de 26 anos de idade, deu vários remédios ao filho Miguel e o colocou dentro de uma mala. Em um depoimento, a mãe informou à polícia que, naquele momento, não sabia se o menino estava vivo ou morto.
Antonio Carlos Ractz, o delegado que está investigando o caso, explicou: “Para fugir, com medo da polícia, saiu de casa, pegando ruas de dentro, não as avenidas principais, levou a criança dentro de uma mala na beira do rio, e jogou o corpo. Repito, ela não tem convicção de que o filho estava morto”.
Na noite de quinta-feira, 29 de julho, ela foi até a delegacia registrar o desaparecimento do filho. O delegado disse: “Ao anoitecer de ontem [quinta], a mãe dessa criança, com a sua companheira, procurou a DPPA [Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento] de Tramandaí, a fim de registrar uma ocorrência policial de desaparecimento de seu filho. Alegou que o filho havia desaparecido há dois dias e que ainda não havia procurado a polícia porque pesquisou no Google e viu que teria que aguardar 48h. E começou a apresentar uma série de contradições, o que levou desconfiança da BM e PC”.
Ao ser procurada e questionada pelo delegado responsável, Yasmin teria admitido o crime. Antonio Carlos contou que a suspeita não demonstrava nenhum sentimento pelo filho, e sua maior preocupação parecia ser com a companheira, e não com a criança. Ele afirmou: “Ela tem um perfil de psicopata. Durante toda a minha carreira, eu não havia me deparado com alguém tão frio”.
Em depoimento, a mãe teria alegado que o filho era fruto de um estupro, mas a polícia desconfia da alegação, já que ela morava com o namorado na casa dos próprios pais.
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