Publicado em 18/06/2021, às 05h40 - Atualizado às 05h47 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano
A mãe da criança que teve o pé amarrado pelo professor em cadeira de escola, em Vitória, no Espírito Santo, disse que vai processar o educador pelas ações inapropriadas. Segundo ela, que preferiu se manter anônima, o filho está traumatizado com a situação e com medo de voltar para a classe depois do ocorrido.
Em entrevista à equipe de reportagem da Record TV, na tarde desta quinta-feira (17), a mulher contou que já está tomando as devidas providências para acionar o professor na Justiça. “Tem algumas pessoas que já estão me ajudando. Eu quero processá-lo porque todo mundo está vendo meu filho amarrado. Ele está sofrendo bullying e não quer participar do mesmo grupo que ele participa na escola, com medo dos colegas rirem dele. Então, eu vou procurar os meus direitos”, explicou.
O vídeo, que mostra um dos pés do menino amarrado ao pé da carteira escolar, foi feito por um colega de turma. A mãe conta que ficou sabendo do caso quando chegou em casa e viu o celular do filho. “Ele chegou em casa, botou o celular para carregar e viu o videozinho que as crianças postaram, num grupo que eles fizeram”, disse.
“O meu filho relata que ele (o professor) gritava sempre com ele para sentar. Desta vez ele falou: ‘eu vou amarrar seus pés’. E foi lá e amarrou os pés dele. Só que ele não teve reação e ficou sentado. Acabou a aula, ele cortou e tirou do pé dele. Quando ele chegou em casa, eu vi o vídeo dele com o pé amarrado”, adicionou.
Com o vídeo em mãos, a mãe entrou em contato com a escola. “Liguei para a diretora, mas ela estava afastada. Aí meu marido passou para a pedagoga e ela me atendeu. Contei o caso para ela, mandei o vídeo e ela falou que ia tomar as providências”.
“Meu marido foi na escola, só que não tinha ninguém. Só tinha duas professoras, que pediram para voltar na segunda. Na segunda ele voltou, fizeram a reunião e o professor pediu desculpas ao meu filho e disse que ia tratar ele melhor. Só que eu não quero que ele trate meu filho melhor. Eu quero que ele não seja mais professor de uma escola infantil, que ele não pode dar aula para uma criança. Ele amarrou os pés dele para punir”, completou.
A mulher relatou ainda que o filho tem déficit de atenção e que faz acompanhamento médico, mas que é uma criança normal. “Fiquei muito triste, chorei. É uma criança. Você botar para fora um filho e criar do seu jeito, e vir outro e querer bater, amarrar, é muito triste. Ele é uma criança maravilhosa, não tem problemas com ninguém. Ele não é doido. Ele toma sim um remédio à noite porque ele tem déficit de atenção, e também toma um de manhã, para memória. Mas é um menino exemplar na escola”, afirmou.
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