Publicado em 02/01/2016, às 12h30 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h31 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Hoje em dia muitos pais dedicam pouco tempo aos filhos, seja por causa do emprego, seja por causa do cansaço. Claro, a situação mudou muito se compararmos com 50 anos atrás. As mulheres estão buscando sucesso profissional, e isso não é a razão de as crianças estarem mais sozinhas. A questão é se, no meio de tudo isso, a gente tira um tempo para prestar atenção nos filhos.
A psicóloga e escritora Mariza Tereza Maldonado, autora do artigo A Era da Infantocracia, deixa claro que não adianta levar a criança ao clube se ela vai ficar jogando no celular enquanto os pais tomam um sol. Muitos pais caem nessa armadilha e acabam compensando o filho com presentes, roupas, brinquedos e viagens caras.
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Essa é a hora da verdade: não dá para comprar nossos filhos. Nenhum presente no mundo substitui um momento de carinho ou de conversa. O final de semana é um ótimo momento para isso: se a semana é corrida, se não dá pra almoçar todo mundo junto de segunda a sexta-feira, é no final de semana que a gente pode compensar esse tempo, mas sem muitos luxos.
O presidente da Academia Brasileira de Pediatria e escritor José Martins Filho, pai de Fábio e Graziella e avô de Artur e Felipe, nos contou que, em países desenvolvidos, as mães têm até dois anos de licença-maternidade e esse período é dividido com os pais, para garantir que as crianças sejam cuidadas por seus pais.
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Diga não à terceirização
“Terceirizar uma criança é colocar a responsabilidade de educá-las em outras pessoas ou instituições. As crianças que são terceirizadas sofrem, perdem o referencial”, diz José Martins Filho. É comum que alguns pais deixem seus filhos com os avós ou na escola durante todo o dia.
Com isso, não há problemas, desde que os pais deixem claro para a criança que ela está lá por necessidade, mas que no final do dia vai voltar para casa e todos vão passar um tempo juntos. Nem os avós e muito menos a escola têm a responsabilidade de impor regras, de mostrar limites, de ensinar valores. O que deve existir aí é uma parceria entre família para que as lições ensinadas pelos pais sejam reforçadas em todos os ambientes.
“Se você não está tendo trabalho é porque não está educando”, conclui o escritor. Claro, quando os pais terceirizam os filhos não fazem isso de propósito. Mas é preciso sempre um exame de consciência para saber se a falta de tempo não está se tornando uma rotina e afetando a relação.
As consequências para a criança que é terceirizada são muitas e você pode começar a notá-las em comportamentos do dia a dia: agressividade, manha, recusa escolar, dificuldades de relacionar-se com amigos, baixa autoestima e, principalmente, não conseguem respeitar limites e figuras de autoridade.
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Outra questão que tem distanciado os pais dos filhos são os aparelhos tecnológicos. Eles são ótimos para entretenimento, mas o uso precisa ser controlado. Não só tablets e celulares, que são mais recentes, mas a televisão também tem esse efeito.
Claro, em alguns momentos deixar a criança brincar de ficar deslizando o dedo na tela faz parte. Mas isso não pode fazer parte da regra, só para aquele momento em que você quer um pouco de sossego e entretenimento. É a melhor saída para seu filho se distrair.
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