Caso Henry: Monique desabafa sobre relacionamento abusivo e agressões que sofria de Jairinho
A pedagoga deu detalhes na última quarta-feira em um interrogatório de 10 horas, sobre como se sentia na época em que o filho morreu
Resumo da Notícia
- Monique Medeiros falou por cerca de 10 horas no interrogatório
- O interrogatório aconteceu na última quarta-feira na 2ª Vara Criminal do Rio
- Monique desabafou sobre o relacionamento abusivo que sofria com Jairinho
Monique Medeiros falou por cerca de 10 horas no interrogatório que aconteceu na última quarta-feira. A pedagoga deu detalhes do relacionamento com o ex-vereador Dr. Jairinho, definido por ela como abusivo. Ela o descreveu como controlador, ciumento e mulherengo. Apesar de relatar agressões e dizer ter sido manipulada pela defesa dele, Monique evitou culpá-lo pela morte do filho.
“Não sei o que aconteceu [na morte de Henry], só quem poderia saber foi quem me acordou: o Jairinho.” Em cerca de 10 horas de interrogatório, ela relatou mudanças bruscas de comportamento do ex-companheiro —às quais definiu como “atos de bipolaridade”—, supostos episódios de violência do ex-político contra ela e o que chamou de “ritual do sexo” ao qual, segundo ela, Jairinho a submetia.
O depoimento foi marcado por momentos de emoção, como quando Monique relatou o nascimento da criança, a crise no casamento com o ex-marido Leniel Borel e a morte de Henry Borel. Após a fase das alegações finais, a juíza Elizabeth Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio, definirá se Monique e Jairinho vão ou não a júri popular pela acusação de homicídio. O casal é acusado de matar o menino de 4 anos no apartamento em que moravam na Barra da Tijuca em 8 de março.
Sobre a noite da morte, Monique relatou ter sido acordada por Jairinho e encontrado o menino gelado e “olhando para o nada” no quarto do casal. Três pessoas sabem o que aconteceu: meu filho, Deus e Jairinho – quem me acordou foi ele.” Antes do depoimento de Monique, Jairinho pediu para ficar calado no interrogatório, mas acabou falando por menos de dez minutos, tempo usado para justificar o silêncio à Justiça.