Publicado em 26/02/2022, às 12h30 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro
Desde a invasão russa na Ucrânia na última quinta-feira, 24 de fevereiro, a população tem se desesperado para deixar o país e proteger a própria família. No meio deste cenário, as clínicas de barriga de aluguel da Ucrânia estão levando seus embriões e recém-nascidos para bunkers em Kiev em meio ao conflito.
O país é popular entre brasileiros que desejam ter filhos pelo método da barriga de aluguel– que possui um preço mais acessível do que em outro países. Agora, muitos pais que estava com o procedimento em andamento na Ucrânia estão temerosos com o futuro dos bebês.
Para a Folha de São Paulo, a responsável por esses tipos de processos de uma agência ucraniana contou que, desde a última quinta-feira, são cenas de desespero que vive todos os dias – mesmo controlando a situação de Israel.
“Perdi a conta de quantas ligações recebi hoje”, contou Alves. “Eles estão assustados, querem saber se a clínica está segura, se as gestantes estão seguras, o que vai acontecer com os embriões que estão lá”. Ela é responsável pelos futuros filhos de 150 casais – dentre eles 35 brasileiros, de uma agência chamada Tammuz Family.
Na manhã deste sábado, Alves comemorou a boa notícia que pôde dar aos seus clientes. “Acabei de ser informada que a clínica finalizou o transporte de embriões para um bunker”. Quem está no meio do processo está podendo transferi-lo para a Geórgia.
Para as gestantes ucranianas grávidas destes bebês, foi oferecida a possibilidade de serem transferidas de Kiev, capital da Ucrânia, para um local mais seguro e distante do conflito – como cidades em fronteira com a Polônia – junto de suas famílias.
“A sorte é que, para os brasileiros, não temos ninguém esperando parto por agora”, explicou ainda Alves. “As gestantes estão todas no primeiro e segundo trimestre da gestação”. Uma brasileira que preferiu não ser identificada está passando pelo processo de barriga de aluguel na Ucrânia, e desabafou sobre a situação.
“As notícias nos preocupam muito”, disse ela, também para a Folha de São Paulo. “Além de todo o sofrimento que as pessoas vivem lá, tememos pela segurança de nossos embriões. É um momento delicado, pois ao mesmo tempo em que temos pressa, gostaríamos de ter uma situação pacífica em primeiro lugar”.
Na Ucrânia, o procedimento de barriga de aluguel é apenas permitido para casais heterossexuais que apresentem um laudo médico que ateste a impossibilidade de engravidar ou levar uma gravidez adiante. Além disso, o preço médico é em torno de US$ 50 mil – metade do que é oferecido por serviços americanos.
Reportagens publicadas em diversas partes do mundo mostram a situação de pais que foram até a Ucrânia buscar seus bebês recém-nascidos, e não conseguem voltar para casa. Dentre eles, ao menos um casal de brasileiros.
Essa é a história de Kelly e Fábio Wilke, que estão abrigados em um bunker com a bebê Mikaela desde a invasão russa na Ucrânia. Além deles, o local conta com mais 30 adultos, oito bebês e três crianças de até 3 anos de idade. A empresa que o casal fechou o processo tinha prometido um bunker preparado para receber bebês recém-nascidos, com todos os produtos necessários.
Contudo, Kelly admite que não se arriscaria para fazer a transferência – mesmo que para um local mais preparado para receber a filha. “Acho que se pretendiam nos levar lá, o caos se instaurou e os impediu. Mas hoje eu não me arriscaria para chegar lá”, disse ela, a Folha.
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