Publicado em 23/12/2021, às 05h03 - Atualizado às 07h41 por Redação Pais&Filhos
Todas nós gostaríamos de pensar que sabemos o que estamos fazendo, mas às vezes – especialmente quando se trata de engravidar – simplesmente não sabemos. Felizmente, Glade B. Curtis, médica ginecologista, co-autora de ‘Your Pregnancy, Week by Week’, em português, ‘Sua gravidez, semana a semana’, tem soluções para nove dos ‘erros’ mais comuns dessa etapa de tentativa que levam a chances perdidas de conceber.
Se você está fazendo alguma das nove coisas a seguir, pode estar reduzindo suas chances de engravidar. Primeiro passo? Confessar. Passo dois? Descobrir como consertar as coisas! Você pode simplesmente perceber que há um motivo válido para não engravidar, quando tudo está normal.
Você provavelmente tem pelo menos uma amiga que, ao engravidar, disse: “Aconteceu bem quando parei de me preocupar com isso”. É irritante de ouvir, especialmente quando você não está conseguindo engravidar – mas geralmente é verdade. O estresse pode ser um fator determinante no processo de fabricação de bebês. Quando você tem um nível elevado de cortisol, um hormônio do estresse, pode afetar negativamente a ovulação e a fertilidade.
“Acalme-se, relaxe, e deixe acontecer”, diz Dra. Curtis. “Pare de tentar planejar tanto a gravidez”. Em vez disso, ela sugere que você se lembre de que a gravidez é um milagre que realmente acontece com muita frequência. “Eu digo aos meus pacientes que estão ativamente tentando simplesmente parar de ‘tentar’ tanto, e é geralmente quando eles engravidam”.
Se você vai fazer isso, faça direito (e na quantidade certa de vezes!). A Dra. Curtis recomenda ter relações sexuais todos os dias ou em dias alternados durante o período mais fértil. Se você, como tantas outras mulheres, não sabe quando é, mantenha-se dia sim, dia não, ao longo do tempo em que achar que está mais fértil. Isso porque fazer sexo com muita frequência pode esgotar a contagem de esperma de seu parceiro, enquanto não fazer sexo o suficiente pode fazer com que você perca a janela crítica de fertilidade – o tão amado período fértil!
Embora a ducha possa parecer um próximo passo natural em sua rotina de fazer bebês, não é uma boa ideia. Ela pode agir como um espermicida (que mata os espermas), alterando o pH da vagina. “Foi provado que isso prejudica a fertilidade” diz Dra. Curtis. O mesmo vale para os lubrificantes – a maioria dos quais demonstrou não apenas diminuir a contagem de esperma, mas também diminuir a mobilidade deles.
As pessoas tendem a culpar a mulher pela infertilidade. Mas, na verdade, diz Curtis, os casos de infertilidade são cerca de 40% relacionados ao sexo masculino, 40% ao feminino e 20% a uma combinação de ambos os parceiros. “Frequentemente, a futura mãe corre para ver seu médico ao primeiro sinal de ‘lentidão’ ao tentar engravidar. Isso é errado, já que é realmente um jogo equilibrado em termos de diagnósticos”. E lembre-se: geralmente, um casal saudável leva entre 6 meses e 1 ano para conceber.
“Não entender o momento da ovulação é um erro comum”, diz Dra. Curtis. “A maioria das mulheres ovula 14 dias antes do início da menstruação. Então, por exemplo, se você tem um ciclo de 24 dias, a ovulação é por volta do dia 10”. Mas, embora essa informação pareça direta à primeira vista, pode ser confusa se você tiver períodos irregulares ou não se lembrar de quando menstruou pela última vez.
Outro erro comum? Não contar a partir do primeiro dia real do seu ciclo. “O primeiro dia é o primeiro dia em que você sangra, não no dia seguinte ou no dia anterior”, diz Dra. Curtis. Como a fertilidade pode chegar literalmente a uma questão de horas, é importante saber o momento exato do seu ciclo.
Como solução, Dra. Curtis sugere o uso de kits de teste de ovulação, que estão disponíveis em farmácias. Manter um calendário para monitorar seu ciclo também pode ser útil – assim como usar um aplicativo para celular.
Por mais que tentemos, a gravidez realmente não pode ser planejada. De acordo com Dra. Curtis, o casal saudável médio leva cerca de um ano para engravidar. “Muitas mulheres levam cerca de seis meses ou mais para começar a ter ciclos regulares quando param de usar a contracepção hormonal”.
Quer um sábio conselho? Sem pressa. E se pelo menos seis meses se passaram e você não tem menstruado regularmente ou não tem certeza se está ovulando (ou se tem dúvidas sobre sua fertilidade), é uma boa ideia procurar ajuda médica para entender todos esses passos importantes.
Ninguém sabe por quê, mas existem algumas evidências científicas (e até engraçadas) para embasar o fato de que, após a relação sexual, é útil permanecer deitada na cama, com os quadris elevados, por cerca de 20 a 30 minutos. Em outras palavras, depois de namorar, a Dra. Curtis aconselha: “Não saia correndo da cama e certamente não vá para o banheiro ou tomar uma ducha!”. Essa única mudança, diz ela, poderia resolver até 80% dos problemas de fertilidade. Portanto, por mais que você queira fazer uma dança feliz depois de pensar que acabou de fazer um bebê, se segure – pelo menos um pouquinho.
Talvez você seja o tipo de mulher que sempre teve menstruações irregulares e se preocupa em não poder engravidar. Ou talvez você tenha diabetes e queira ter certeza de que está tudo sob controle antes de tentar ter um bebê. Consultar um médico não é ser neurótica ou maluca – é inteligente!
Em certas situações, como as mencionadas acima, os casais devem procurar a ajuda de um médico ou consultor de fertilidade para formular um plano saudável para aumentar a família. Dessa forma, se demorar um pouco mais para engravidar, você já saberá como lidar com as coisas. E, se você tiver um teste de gravidez positivo antes do que pensava, já estará sendo monitorada por um médico e agindo de maneira saudável.
Como diz a Dra. Curtis: “Por que se arriscar (e insistir) em beber álcool, fumar ou usar drogas se você sabe que isso pode afetar negativamente a fertilidade?”. Ela costuma avisar suas pacientes que o início da gravidez é o mais crítico para o desenvolvimento do feto. “Meu conselho é, se você não está usando proteção, então comporte-se como se já estivesse grávida – em relação às drogas, álcool e tabagismo”.
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