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Crianças estão mais vulneráveis a internet e o crime contra elas aumenta, segundo especialistas

As crianças conseguem cada vez mais, ter acesso a internet com maior facilidade (foto: Reprodução/ Pexels)
As crianças conseguem cada vez mais, ter acesso a internet com maior facilidade (foto: Reprodução/ Pexels)

Publicado em 08/02/2023, às 10h24 por Redação Pais&Filhos


No ano de 2022, o Brasil teve mais de 111 mil denúncias por armazenamento, produção e divulgação de imagens de abusos e exploração sexual infantil. Essas denúncias foram encaminhadas para a Organização não governamental Safernet e os dados foram divulgados na última terça-feira, 7 de fevereiro.

Já, em 2021, o número foi quase 10% menor, sendo 101.833 denúncias. Segundo o Correio Braziliense, a procuradora da República, Priscila Costa Schreiner, que faz parte de um grupo combatente a crimes cibernéticos, disse que fora o aumento das denúncias, houve o aumento de ferramentas usadas para os criminosos e isso faz com que as equipes que procuram esse tipo de crime, tenham que se atualizar sobre os casos.

A especialista ainda disse que com esse aumento das violações contra a criança e o adolescente, há a necessidade de informar aos menores sobre os perigos das redes sociais. “O mundo do crime se moderniza com muito mais velocidade dentro da internet”, disse a mulher.

As crianças conseguem cada vez mais, ter acesso a internet com maior facilidade (foto: Reprodução/ Pexels)

Outra especialista, uma pesquisadora da Universidade de Amsterdam, Jessica Taylor Piotrowski, falou que atualmente a internet está muito complexa e que há diversos recursos que menores de idade ainda não entendem, como a inteligência artificial. Assim como as restrições de idade, que não estão fazendo o mesmo ‘efeito’ que antigamente.

Manual Pais&Filhos de segurança na internet

Pense na internet como se fosse o parquinho ou a praça do seu bairro. A atitude dos pais tem que ser parecida nas duas situações: não deixar o filho brincando sozinho e dar uma vistoriada básica para ver se não há algum perigo à vista. Selecionamos, das entrevistas realizadas e dos manuais da AVG e da ESET (Empresa de Soluções para Segurança online), os cuidados que as aventuras de seu filho na internet demandam de você:

1- O computador deve ser mantido de preferência em algum cômodo da casa em que as atividades das crianças na internet possam ser facilmente acompanhadas. A sala é o melhor lugar para os pais se manterem atentos aos pequenos usuários.

2- Se a criança vai usar um computador de uso comum de todos, uma providência básica é criar uma conta de usuário para ela, mantendo-se como usuário administrativo. Assim, fica simples de controlar as atividades do seu filho na rede.

3- É uma boa ideia manter uma pasta de favoritos para as crianças com sites já aprovados por você. Combine que são esses que seu filho pode visitar por conta própria – sites educativos podem entrar nessa seleção.

4- Monitore o histórico de navegação – assim você pode saber direitinho os sites e páginas em que seu filho entrou. Isso é especialmente importante para pais de crianças mais velhas, que podem ter curiosidade de ver conteúdo sexual. E, se o histórico aparecer apagado, é uma boa razão para você desconfiar que algo está sendo escondido…

5- Se uma rede social ou site pede cadastramento prevendo um limite mínimo de idade para a inscrição, isso é para ser respeitado. É sua responsabilidade (até porque responde legalmente por elas) manter as crianças fora do Facebook, Myspace, Twitter e outras redes sociais até terem idade para isso.

6- Combine um limite de tempo diário de permanência de seu filho no computador. Pode ser duro tirar seu filho do game, mas lembre que ele precisa correr e brincar ao ar livre para crescer bem.

7- Habitue a habilitar as ferramentas de controle parental para evitar acesso a conteúdo impróprio. Os pacotes de seguranças costumam incluir essas ferramentas, e seu uso não é nenhum bicho de sete cabeças. “O da nossa empresa traz possibilidade de bloquear temas por categorias, como sexo, ou entretenimento, já que em filmes e séries as crianças podem ter acesso a conteúdos impróprios”, explica Camillo Di Jorge, diretor-geral da ESET Brasil, pai da Ana Clara. Para facilitar, o programa da ESET dá ao pai a opção de simplesmente assinalar o filtro automático por faixa etária.

Menino mexendo no celular
Ensine seus filhos a desconfiar de links, que têm possibilidade de conter vírus (Foto: Freepik)

8- Ensine as crianças que na internet vale aquela regra de não conversar com estranhos. Insista com seu filho que a pessoa do outro lado pode não ser quem diz. “Aceitar amizade apenas de quem já é amigo no mundo real é uma boa prática”, aconselha o diretor de marketing da AVG Brasil, Mariano Sumrell, pai de Pedro e Karina.

9- Fique atento a sinais de angústias ou de mudanças de comportamento que possam estar relacionados com a internet. E crie sempre espaço e oportunidade para ele contar a você algo que o estiver perturbando.

10- Preste atenção quando juntar uma garotada no computador do seu filho. É aquela coisa: em turma as crianças ficam tentadas a furar as regras colocadas pelos pais.

11- Os pais devem evitar postar fotos dos filhos e informações sobre eles na internet – dar o exemplo, sempre! Ensinar os filhos a não dar informações pessoais ou da família. “Eles não devem informar onde moram nem locais que frequentam”, diz Sumrell. Muitas crianças e adolescentes têm saídas criativas para isso: declaram nos seus perfis que estudam em Hogwarts, por exemplo.

12- Aplicativos (ou apps) de smartphones também merecem atenção, alertam os advogados Francisco Britto e Dennys Antonialli. “Fique atento aos termos de uso do aplicativo e procure desmarcar opções de compartilhamento automático de dados”, aconselham. Esses compartilhamentos, em geral, são usados para orientar publicidade. Por precaução, com crianças pequenas, prefira baixar os apps por ela.

13- Ensine seus filhos a desconfiar de links, que têm possibilidade de conter vírus. Aos poucos, eles aprenderão a ter precauções também. “Se o filho usa o computador da família, o cuidado com vírus é mais crítico”, acentua Di Jorge.

14- As crianças precisam ser ultrassuperalertadas para não baixar filmes e músicas, nem programas ou ferramentas de busca. Se até os adultos têm dificuldade de reconhecer a procedência segura de um arquivo ou os possíveis efeitos nocivos de aceitar um programa (que pode, por exemplo, roubar dados do computador), isso está acima das possibilidades das crianças.

15- Não superestime as crianças: elas intuitivamente se entendem com os meios eletrônicos, é verdade. Mas são crianças! “Lembre que o costume no uso da internet não é o mesmo que ter conhecimento profundo das implicações das tarefas realizadas”, diz o Guia para Pais de Proteção Infantil na Internet, da ESET.

16- Preste atenção na indicação de idade apropriada para cada jogo.

17- Para seu filho, use senhas simples e de seu conhecimento. Mas para você faça senhas seguras e… difíceis para uma criança. Essa é uma boa prática e deixa seus dados a salvo de um uso desastroso que seu filho possa fazer. O cuidado que você toma, com certeza, serve de exemplo para seu filho. Uma senha segura mistura caracteres (letras minúsculas e maiúsculas; letras intercaladas por números e caracteres especiais, como @, $, <, *, se for permitido; e não inclui palavras comuns, em português ou outra língua.

18- Ainda sobre senha, elas devem ser tratadas como a chave de casa: a família pode ter cópias, mas ela não deve ser dada a estranhos.

19- Em um dado momento, a escola começa a solicitar pesquisas ou indicar que as crianças entrem em sites educativos, você pode verificar se eles estão dando orientação sobre o uso seguro. Afinal, vai ficar mais fácil se esse trabalho de educação for feito em parceria, com apoio mútuo dos pais e da escola.

Diário de bordo: tudo o que rolou na nossa viagem com a MSC Seashore!


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