Empresária estreia na bolsa de valores dos EUA com filho no colo: “É possível ter família e carreira”

Whitney Wolfe Herd, fundadora do aplicativo de relacionamentos Bumble, chamou atenção nas redes sociais recentemente, após fazer a estreia da empresa na bolsa de valores dos Estados Unidos com o filho no colo. Herd é a mulher mais jovem da história a ter uma empresa de capital aberto e criou o APP pensando muito no bem-estar das mulheres. O aplicativo de relacionamento feito por ela tem a premissa inicial de dar às mulheres o poder de decidir como, quando e se querem continuar a ter uma conversa com os demais usuários da plataforma.

Antes do Bumble, Herd cofundou o Tinder, aplicativo de relacionamentos no qual qualquer pessoa inicia uma conversa, seja ela homem ou mulher. E contou, como apontado pela CNN, que a saída do aplicativo não foi fácil e ela foi alvo de várias críticas ao tomar essa decisão.

A decisão veio porque ela não estava contente com a forma na qual as coisas funcionavam no aplicativo e queria criar um ambiente mais amistoso às mulheres. “A criação do Bumble foi realmente eu tentando resolver o problema do comportamento online tóxico que perpetuava a dinâmica arcaica dos gêneros”, explicou ela ao site. “Essa experiência [do Tinder] abriu meus olhos para o grande problema do online e para a necessidade de um espaço na internet mais seguro e gentil. Vi uma grande oportunidade para mudar a maneira como as pessoas se tratavam digitalmente e, por fim, criei o Bumble para proporcionar um espaço onde as pessoas possam interagir com gentileza e respeito”, completou.

Herd contou que foi um pouco difícil balancear a maternidade, a pandemia e os negócios a todo vapor, mas a foto que viralizou, mostrando ela estreando a empresa na bolsa de valores com o filho no colo, mostra que ela conseguiu balancear tudo. “Iniciar minha jornada de maternidade enquanto liderava um time global passando por um processo de IPO durante uma pandemia foi diferente de qualquer desafio que já lidei antes. O que me ajudou a passar por toda essa jornada foi me lembrar de que não há problema em não atingir um equilíbrio perfeito entre as duas funções e pedir ajuda quando eu preciso”, contou ela, ressaltando a importância de uma rede de apoio.

“Eu também aprendi que é possível equilibrar ser uma CEO e uma mãe de primeira viagem se eu focar em minhas prioridades, reconhecendo o poder de me permitir ser vulnerável e buscando apoio quando me sentir sobrecarregada”, completou. Ela disse, ainda, que espera que a atitude que tomou sirva de exemplos a outras mulheres, mostrando que “você não precisa escolher entre uma coisa ou outra quando se trata de construir uma família e uma carreira”.