Publicado em 25/11/2022, às 08h57 por Redação Pais&Filhos
Uma pesquisa feita na Noruega está chamando atenção nos últimos dias. Ao contrário da atual recomendação dada por autoridades médicas, a pesquisa publicada pela revista PLos Medicine, diz que engravidar poucos meses depois de um aborto espontâneo ou induzido não é mais arriscado tanto para a mãe como para o bebê.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o intervalo que deve ser dado é de pelo menos seis meses para que as mulheres possam se recuperar. No entanto, durante a pesquisa feita, foram analisadas 72 mil concepções que alegam que os casais podem ter um bebê antes desse período. Ainda segundo a OMS, outras pesquisas de espaçamento entre gestações estão sendo feitas.
Essa pesquisa norueguesa analisou o período de 8 anos – de 2008 até 2016 – e não encontrou diferenças exorbitantes entre as gestações que ocorreram antes do intervalo de seis meses. E esse avanço nas pesquisas contradiz estudos antigos que foram feitos na América Latina e que serviram de base para a OMS decidir o tempo entre uma gestação e outra. Ainda, conforme a pesquisa, pedir para os pais que esperem ao menos seis meses de uma gestação para outra é muito tempo.
Segundo a Universa UOL e a pesquisa norueguesa, especialistas acreditam que uma boa condição de saúde aumenta a chance de engravidar. As mulheres são aconselhadas a tomar ácido fólico diariamente até as 12 semanas de gestação. Com isso, a chance do bebê nascer com defeitos no cérebro, medula espinhal ou coluna diminui.
O aborto espontâneo acontece de 1 a cada 5 mulheres e se você já sofreu um aborto espontâneo, há grandes chances da próxima gestação ser bem-sucedida, pois o aborto espontâneo seguido é um caso tanto quanto raro.
Mas caso aconteça, a saúde emocional deve ser tratada. Em alguns momentos os casais precisam se preparar emocionalmente para a tentativa de gestação novamente. E não é somente essa pesquisa que sugere uma outra tentativa de gravidez. Uma instituição beneficente chamada Tommy´s, dá apoio para famílias que perdem os bebês e encorajam mulheres que perderam o bebê em um aborto espontâneo, não desistam e tentem novamente se não tiver nenhuma restrição médica.
Segundo a instituição, é uma escolha individual ou do casal, contando que você como mãe vai precisar viver o luto do bebê antes de pensar na próxima gravidez. “Outros casais acham que tentar novamente ajudará a aceitar o que aconteceu”.
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