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Ensino bilíngue: a importância de ensinar um idioma adicional para o seu filho e como a escola pode ajudar

As crianças aprendem o idioma de forma diferente dos adultos, e aprendem mais rápido - Getty Images
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Marista

Publicado em 10/01/2022, às 08h40 - Atualizado às 09h03 por Hanna Rahal, filha de Lydiana


Quando bebês, conseguimos ouvir todos os 600 sons de consoantes e 200 de vogais que compõem as línguas do mundo. Ao passar do tempo, o bebê consegue filtrar os sons que escuta com maior frequência. Assim, o estímulo de diferentes sons e fonemas auxiliam na aquisição do novo idioma, tendo em vista que a familiaridade com tais sons ficará gravada na memória dos bebês e crianças.

Escolas cientes deste benefício se especializam e oferecem esse tipo de aprendizado desde a primeira infância, como os Colégios Maristas. Conversamos com Vanessa Bocchi, Mestre em Educação pela PUC-SP e Coordenadora de Internacionalização no Colégio Marista Arquidiocesano, mãe de Lucas. 11 anos e Júlia, de 4, que conta que essa imersão ainda no início da vida escolar é significativo para as crianças.

Estudos apontam que a exposição a uma língua adicional ativa partes do cérebro responsáveis por funções executivas que envolvem a memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e a habilidade para inibir ou controlar respostas impulsivas (amplia a plasticidade cerebral). “Nesse contexto, as crianças também ampliam suas habilidades linguísticas, saberes e conhecimentos interculturais. Ou seja, a exposição a uma língua adicional contribui significativamente para a formação e desenvolvimento integral da criança”, explica Vanessa.

A criança aprende sem perceber?

Em um ambiente de imersão em uma segunda língua, a criança aprende o tempo todo e por isso,  o aprendizado do vocabulário da língua inglesa acontece naturalmente em meio à atividades de rotina, jogos, desafios e brincadeiras. Não se trata de uma aula de língua inglesa, mas sim de propostas didáticas adequadas para a faixa etária, significativas e estimulantes, mediadas em língua estrangeira.  A cada novo desafio, história, brincadeira ou interação, a criança expande seu repertório. “Acreditamos que a imersão na língua contribui para uma aprendizagem mais fluida e significativa baseada em experiências vividas. A ludicidade é parte fundamental do Play Based Learning e Project Based Learning, propostas metodológicas adotadas para o Programa Integral Bilíngue no Colégio Marista Arquidiocesano”, afirma a professora.

E é sim, quase sem perceber e se divertindo, que a criança desenvolve habilidades motoras, sociais, cognitivas e inteligência emocional como persistência e autoconfiança. Essa abordagem favorece o ambiente lúdico, afetivo e social para o aprendizado de uma nova língua da forma mais natural possível.

A criança aprende brincando, em um ambiente adequado e estimulante
A criança aprende brincando, em um ambiente adequado e estimulante (Foto: Getty Images)

Assim como a criança aprende sua língua nativa desde os primeiros dias de vida, ela pode ser exposta a uma língua adicional desde a primeira infância. Inclusive, estudos apontam que nesse período, a plasticidade do cérebro em formação facilita a aquisição de uma nova língua, o que é uma grande vantagem de aprender um novo idioma ainda na infância.

Não tem fórmula mágica!

É essencial que seu filho entre em contato com uma  língua adicional ainda criança e além disso, não existe fórmula mágica para que ele desenvolva a capacidade linguística. Cada um se adequa de maneira diferente, mas os estímulos não deixam de ser essenciais. Vanessa explica que justamente por isso o Marista usa propostas variadas, desde aulas de culinária, jardinagem, trabalho com projetos e artes até a participação em aulas de Cambridge International.

“O diferencial é o cuidado com a excelência da entrega pedagógica e o acolhimento Marista, além do fato que, no modelo integral, o aluno não perde o conteúdo do período curricular, totalmente alinhado à BNCC, tendo seu repertório construído paralelamente na língua mãe e na língua adicional’, explica a professora.

A especialista ainda reforça que o aluno é definitivamente o agente de sua própria evolução, porém o professor é fundamental na mediação desta jornada. O aluno é protagonista por meio de suas conquistas, criação de hipóteses, experimentações. “Desde a primeira infância observamos que o ser humano é impulsionado por sua curiosidade e necessidade de evoluir e obter novas conquistas. Assim, podemos dizer que somos agentes de nossas mudanças por toda nossa vida, desde a mais tenra idade”, avalia.

Além da rotina em casa, e de estimular outro idioma, muitas escolas também incentivam esse tipo de aprendizado
Além da rotina em casa, e de estimular outro idioma, muitas escolas também incentivam esse tipo de aprendizado (Foto: Colégios Maristas )

Com o estímulo de uma língua adicional, a criança aprimora sua atenção alternada, pois ela transita pelas duas línguas simultaneamente e precisa, então, refinar sua capacidade de responder aos estímulos que lhe são significativos em cada situação do cotidiano, em detrimento de outros. Não se trata somente de adquirir uma língua adicional, mas sim de poder contar com uma série de vantagens comprovadas que o cérebro bilíngue oferece.

De um modo geral, cada fase da vida nos oferece diferentes vantagens no aprendizado de línguas. Os bebês têm um ouvido melhor para sons diferentes; as crianças conseguem assimilar pronúncias variadas com uma velocidade surpreendente. Já os adultos têm uma capacidade de atenção maior e habilidades cruciais, como o grau de instrução, que permitem expandir continuamente o vocabulário.


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