Publicado em 24/05/2022, às 05h18 por Redação Pais&Filhos
Fernanda, 22, e Bruno, 16, foram envenenados pela madrasta, Cíntia e infelizmente a jovem não resistiu e morreu em março por intoxicação. O menino sobreviveu e contou a versão dos fatos, agora a mãe é quem está revoltada com a situação e segundo ela, a mulher esteve presente na vida deles desde os 4 anos de idade, e jamais imaginaria algo assim dela.
As suspeitas sobre a morte de Fernanda Cabral no dia 27 de março – cuja morte foi atestada como sendo por causas naturais – , só surgiram quando o irmão dela, Bruno, começou a passar mal depois de um almoço na casa da madrasta, no dia 15 de maio. No local, ele reclamou de ter recebido um feijão amargo e com algumas pedrinhas azuis. Em casa, com a mãe, e já se sentindo mal, reclamou e falou sobre o alimento.
No hospital, Bruno foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue que detectou níveis altos de chumbo em seu sangue. Com a suspeita de que os filhos foram envenenados, Jane Carvalho Cabral, mãe dos jovens, registrou queixa na 33ª DP, em Realengo, que iniciou buscas na casa da madrasta.
“Ele já veio de lá com uma ansiedade, bem preocupado e achando que tinha acontecido algo estranho porque quando reclamou do feijão amargo de pedrinhas azuis, ela arrancou o prato da mão dele, colocando mais feijão e entregando pra ele depois. Quando ele veio pra cá, veio perguntando como fazia pra vomitar. Mais ou menos uns 40 minutos depois, começou todo o desespero que foi o que a Fernanda sentiu. Na mesma hora eu imaginei que o gosto amargo desse feijão poderia ser o suposto veneno”, contou a mãe dos jovens ao portal do G1.
Com a denúncia do caso, investigadores foram até a casa de Cíntia e recolheram o feijão para análise, mas antes do resultado do exame, na quinta-feira (19), a madrasta tentou se matar. Ela foi levada para o hospital, se recuperou e, na sexta-feira (20), foi levada para a 33ª DP para prestar depoimento, quando teve sua prisão decretada. A análise do feijão não encontrou substâncias tóxicas, mas a polícia não tem confirmação se é a mesma comida ingerida pela vítima.
Na delegacia, Cíntia permaneceu em silêncio, seguindo orientações do advogado. Mas em outro depoimento, um filho biológico de Cíntia contou à polícia que a mãe confessou ter envenenado Fernanda e Brunocom chumbinho, que é veneno usado para matar ratos.
“Uma mulher dessas não pode nem ser chamada de ser humano, isso é um monstro. Essa pessoa entrou na nossa vida quando meu filho tinha 4 anos de idade. Fazer isso com a irmã e depois fazer com meu filho, isso não é um ser humano, não é um ser humano”, disse Jane Cabral, mãe dos jovens.
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