Justiça autoriza família colocar origens indígenas em documentos pessoais
Eunice, de 37 anos, e seus três filhos, poderão acrescentar o nome e etnia indígena nos registros. O caso aconteceu em Nova América, centro de Goiás
Resumo da Notícia
- Família comemorou a autorização da justiça para colocar informações indígenas nos registros pessoais
- Agora eles podem coloca a etnia e o nome nos documentos
- De acordo com eles, foram anos de espera para que a autorização ocorresse
Ótimas notícias! A Justiça autorizou uma família de Nova América, interior de Goiás, a acrescentar o nome e etnia indígena em documentos pessoais após longos anos de tentativa.
Eunice, de 37 anos, e seus filhos Nuiawã Moraes Rodrigues, Yasmim Moraes Rodrigues e Cesar Da Rocha Rodrigues, que moram na aldeia Carretão, irão receber o sobrenome “Tapuia” nos registros pessoais.
A família comemorou a notícia pois possuíam dificuldades para comprovar que faziam parte à uma comunidade, podendo inibir seus direitos como indígenas perante a lei. “Nós sempre soubemos quem nós somos, de onde viemos e nossa história. Agora, com o estado reconhecendo, é uma sensação de dever cumprido e estamos conquistando aquilo que foi tirado dos nossos ancestrais”, disse ela ao g1.
“Nós sabemos que é um grande passo e sentimos orgulho, pois é algo que tentamos há muito tempo. Não é só uma palavra que irá mudar no nosso nome, mas é dizer para o estado que ele errou, que ele quis nos apagar, mas ele não conseguiu. Seguimos aqui, firmes e fortes”, continuou.
“O povo Tapuia sempre lutou. Nosso povo conquistou o direito ao nosso território, a primeira escola indígena, a nossa língua materna, o portugues ‘tapuia’, e agora estamos conquistando o direito do nosso nome em nossos documentos. A luta agora é pelo coletivo”, acrescentou.