Publicado em 22/01/2023, às 07h12 por Redação Pais&Filhos
Poliana Rocha, mãe de Zé Felipe, está curtindo o momento de avó de duas e compartilhou nas redes sociais no último sábado, 21 de janeiro. Ela estava com as duas netas e com o bebê da sócia de Virginia e amiga da família, Samara Pink.
A mulher mostrou Maria Flor e brincou com a neta, falando: “A Florzinha da vovó tá aqui“. No entanto, na hora que Poliana brinca com Maria Flor, a irmã dela, Maria Alice, começa a falar, possivelmente tentando chamar atenção da avó. Na hora, Poliana já fala: “Oh meu amor. O meu amor também aqui”.
Na legenda do storie, a sogra de Virginia escreveu: “Ciúmes”, dando a entender que Maria Alice estava com ciúme da irmã, o que acontece e é uma situação comum. No entanto, a avó já corre para dar atenção para as duas.
Sem dúvidas, a chegada de um bebê transforma a rotina da casa e a dinâmica do lar. Por exigir um cuidado e uma atenção extras, o filho mais novo torna-se a principal preocupação dos pais, especialmente nos primeiros dias. De uma hora para a outra, toda a atenção que o irmão mais velho tinha fica concentrada ou dividida para o novo integrante da família. Assim, surge o inevitável ciúme.
Esse sentimento pode ser explicado como uma reação da criança que julga ter perdido parte do amor dos pais. “O primogênito experimenta sentimentos de perda quando percebe que vai ter que ceder espaço para o novo bebê e que agora precisa compartilhar o amor e a atenção de seus pais”, explica a psicopedagoga Monica Pessanha.
Assim, o filho mais velho procura formas de voltar a ter a atenção exclusiva dos pais, usando até mesmo comportamentos infantilizados. Um exemplo é a criança pedir auxílio dos pais para comer, sendo que ela já sabia comer sozinha. Outro sinal pode ser uma acentuação das birras ou uma volta repentina a essa fase.
A neuropediatra Karina Weinmann lembra que não existe uma regra para os comportamentos. “A forma de manifestar esse ciúme pode variar de criança para criança. Depende de como os pais preparam a criança para esse novo cenário”, explica. É importante que a família saiba contornar a situação.
Para isso, vamos partir da ideia de que o ciúme é completamente normal e, para lidar com ele, é necessário ter muita paciência e tranquilidade. Esse é um momento para o filho mais velho se adaptar e fazer os ajustes internos diante do novo cenário da família. Os pais podem ajudar nesse sentido, fazendo com que ele pense conscientemente sobre o ciúme e supere esse sentimento.
O diálogo é uma forma de resolver quase todos os problemas de relacionamento e, no caso do ciúme do primogênito, isso não é diferente. Então façam com que a criança mais velha se sinta encorajada para falar sobre tudo o que ela sentir em relação ao irmão mais novo. “Estas são emoções normais e é melhor que a criança não as guarde para si. É importante que os pais não punam ou ignorem esses comportamentos”, alerta Mônica.
Além disso, mostrem o amor incondicional que sentem pelos seus filhos sempre. O objetivo é que a criança mais velha entenda que há amor suficiente para os dois. Vale também revisitar fotos e vídeos do primogênito quando bebê, relembrando todo o amor e carinho que vocês deram e continuam dando a ele.
Outra parte importante é demonstrar que as regras da casa serão as mesmas tanto para o mais velho quanto para o mais novo. Isso certamente vai tranquilizar o ambiente e a relação entre os irmãos.
E o mais importante: faça com que o amor do primogênito pelo irmão mais novo seja nutrido. Sempre coloque os dois em contato, seja brincando ou mesmo entregando pequenas responsabilidades para o irmão mais velho, como dar mamadeira. Ter um irmão é uma das formas de compreender as necessidades das outras pessoas e, assim, expandir nossa capacidade de amar. Não deixe de trabalhar essa ideia, na prática, com os seus filhos!
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