Publicado em 23/09/2022, às 08h48 por Redação Pais&Filhos
Um executivo do Pinterest afirmou nesta quinta-feira, 22 de setembro, durante inquérito sobre a morte da adolescente Molly Russel, de 14 anos, em novembro de 2017, que a meninaacessou conteúdos sobre automutilação e suicídio na rede social e admitiu que a plataforma não era segura para crianças naquela época. Molly, que era de Londres, Inglaterra, pesquisou com frequência esse tipo de conteúdo na rede social antes de tirar a própria vida. Seu paiIan, disse no inquérito: “Acredito que as redes sociais ajudaram a matar minha filha”.
Judson Hoffman, o executivo do Pinterest, respondeu perguntas de um advogado que representava a famíliada estudante. “O Pinterest aceita que a plataforma deve ser segura para crianças?”. E Judson respondeu: “Deve ser seguro para todos na plataforma”. O advogado continuou: “E aceita que em 2017, quando Molly estava nele, não era seguro?”. Ao que o executivo respondeu: “Correto, havia conteúdo que deveria ter sido removido e que não fora removido.” Desde então, ele garante que novas medidas de segurança foram estabelecidas na rede.
O advogado então exibiu dois registros de conteúdos acessados por Molly. O primeiro mostrava grandes variedades de conteúdo, já o segundo, trazia imagens de depressão, automutilação e suicídio. O advogado mostrou então que o Pinterest enviou e-mails automaticamente gerados com títulos como ’10 posts de depressão que você pode gostar’ e ‘depressão, garota deprimida e mais tendências no Pinterest’ para ela.
Ao ser ouvido, o pai de Molly, Ian, disse: “A tecnologia digital pode ser brilhante, mas também destruidora. Acredito que as redes sociais ajudaram a matar minha filha. Acredito que muito desse conteúdo que ela acessou ainda está lá e acredito que falta transparência. As criançasnão devem estar em plataformas que representam um risco para suas vidas.”. Ian disse ainda que, uma semana antes de morrer, Molly parecia estar “de volta ao seu estado normal”. O homem de 59 anos contou que a filha parecia ‘animada’ com as coisas no futuro e que ele chegou a pensar que as dificuldades que ela enfrentara tinham sido uma “fase passageira”.
“É o acolhimento que salva, que faz com que a criança se desenvolva e não se sinta sozinha. E o contrário também é verdadeiro. Quanto mais só, mais perdida e desamparada a criança fica, mais ela vai entrar em um ‘nevoeiro’ perigoso. Mostre que você sabe ouvir qualquer coisa. Diga ao seu filho: ‘quero ouvir’, ‘eu quero te escutar'”, continuou.
Se você ou alguém que conheça estiver passando por um momento difícil e precisar de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV). É um serviço gratuito de apoio e de prevenção ao suicídio que atende pessoas que precisam conversar. Para falar com a equipe de voluntários, mande um e-mail, acesse o chat pelo site ou disque 188. Eles ficam disponíveis de domingo a domingo, 24 horas por dia, isso pode salvar uma vida. O CVV, em parceria com a UNICEF, também tem um canal de escuta exclusivo para adolescentes de 13 a 24 anos. Pra usar, você não precisa se identificar, pois todo o processo é anônimo. Isso pode ser feito pelo chat online ou pelo WhatsApp, porém é preciso checar os horários de atendimento no site.
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