Publicado em 16/06/2021, às 14h53 - Atualizado às 15h05 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
Ben Carpenter, de 37 anos, se tornou o homem homossexual mais jovem a adotar uma criança quando comemorou a chegada do primeiro filho, com apenas 21 anos. Desde então, ele adotou mais cinco crianças com necessidades especiais. Para ele, essa decisão faz parte da missão de ajudar as crianças mais vulneráveis da melhor maneira possível.
A jornada de adoção de Ben começou com Jack, que agora tem 14 anos e é autista. Em seguida vieram Ruby, agora com 11 anos, Lilly, que é surda, de 9 anos, e Joseph, de 6 anos, que tem Síndrome de Down. O quinto filho adotivo de Ben foi Teddy, que infelizmente faleceu em novembro de 2019 após contrair sepse. Após um período de luto, Ben adotou o sexto filho, Louis, em abril de 2020. O garoto, que hoje tem 2 anos, tem paralisia cerebral e é cego.
“Eu sempre soube o que queria. Eu nunca quis ser um pai biológico porque ser pai é muito mais do que isso. Eu queria ajudar as crianças mais vulneráveis e as que mais precisavam de um lar amoroso e cuidadoso. Eu tinha muito a provar em uma idade tão jovem. Eu precisava mostrar que era maduro o suficiente e podia oferecer a essas crianças o que elas precisavam”, contou ele, em entrevista ao portal Metro.
O pai seguiu falando que, para ele, um dos pontos positivos é que quando você adota uma criança, tem a chance de escolher o sexo do bebê, diferente do que acontece quando engravida naturalmente. “Então, para começar, escolhi um menino e depois uma menina porque achei que seria a configuração perfeita e felizmente fui aceito e combinado com meu filho e minha filha, Jack e Ruby”, relembrou ele, comemorando.
“Então, eles me perguntaram se eu aceitaria levar a irmã biológica da minha filha, o que concordei em fazer. Então eu tinha duas meninas e um menino e pensei que deveria equilibrar as coisas novamente e adotar outro filho. Eu me inscrevi para um menino com Síndrome de Down e dentro de três dias fui aceito para adotar um menino que tinha acabado de nascer com a doença”, continuou Ben.
Alguns anos depois de adotar os primeiros quatro filhos, o pai estava lendo um artigo de revista quando viu Teddy, que precisava urgentemente de uma família. Ele não pensou duas vezes. A morte do menino, no entanto, fez com que Ben se sentisse “devastado e culpado”, interrompendo o processo de adoções. “Fiquei me perguntando se havia algo que eu poderia ter feito para consertar isso”, disse ele.
Antes que Teddy falecesse, no entanto, Ben foi contatado para ver se ele conseguiria adotar Louis, que tem graves problemas cerebrais. Depois de passar pelo luto de perder Teddy, o pai ficou muito feliz em receber Louis na casa.
“No início de 2020, percebi que esse menino também precisava de mim e eu poderia ser a última opção dele, então liguei para o trabalho social e comecei o processo novamente”, disse ele. “Em abril de 2020, Louis veio para casa para estar conosco e tem sido cada vez mais forte desde então”, comemorou ele.
Cuidar de seis crianças, todas com necessidades especiais, não é uma tarefa fácil e o pai está atualmente tentando arrecadar dinheiro para criar uma sala sensorial para a família. Mas a verdade é que não importa o quão complicado as coisas se tornem, Ben está muito feliz com a vida que leva como pai de seis filhos.
“Sempre sonhei em ter uma família grande”, contou ele. “Muitas vezes me sento e imagino todos eles nos casamentos uns dos outros. Eles apoiam muito as necessidades uns dos outros e estou muito orgulhoso de ter criado um ambiente feliz, amoroso e estável para eles crescerem. Por mais que eu tenha mudado a vida deles, eles também mudaram a minha. E eu nunca diria para nunca ter outro filho”, finalizou o pai.
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