Publicado em 22/03/2023, às 11h15 por Redação Pais&Filhos
O divórcio não é um momento fácil, ainda mais quando o casal tem filhos. Esse foi um dos pontos que a apresentadora Sabrina Sato levantou no texto em que compartilhou nas redes sociais, nesta terça-feira, 21 de março, após anunciar a separação dela com o ator, Duda Nagle. Os dois são pais de Zoe, de 4 anos.
Na publicação, Sabrina falou sobre o nascimento de Zoe e que a melhor forma de continuar com Duda seria como amigos e parceiros. “Este é um comunicado difícil, mas necessário. Eu e Duda estamos terminando o nosso relacionamento. Será melhor para nós dois. Deixamos de ser um casal, mas continuamos juntos no amor e no cuidado com a nossa filha”, disse. Fora isso, Sabrina também deixou claro que a separação dói, mas não é necessário ter inimizade e divisão.
Ela finalizou apontando que tanto ela como Duda, irão seguir da melhor forma, pois o amor e respeito um pelo outro irá prevalecer. Já, o ator, Duda Nagle publicou a oração do ‘Pai Nosso’, pediu desculpas para o ‘papai do céu’ pela separação e disse que criarão Zoe juntos e como amigos.
Mesmo com as dificuldades de um divórcio, lembre-se: não é um fim, mas um recomeço, afinal, ninguém se casa com a intenção de separar. As relações acabam – podendo ser de maneira amigável ou nem tanto. Porém, um ponto é fato: os pais devem trabalhar juntos para tornar o processo do divórcio saudável para seu filho.
Quando o casal ‘bate o martelo’ que o divórcio é uma certeza, muitos pontos podem passar pela cabeça da mãe e do pai, como: ‘Como contar para meu filho?’, ‘O que ele vai achar da situação?’, ‘Ele vai querer ficar com quem?’, ‘Será que meu filho vai pensar que não amamos ele?’. Nós da Pais&Filhos preparamos um ‘manual’ com essas respostas e muito mais para te ajudar neste momento.
O ideal é que pai e mãe estejam presentes na hora da conversa. Nem sempre isso é viável, mas é importante que seja explicado para criança que o que acabou foi o casamento entre os pais, e não a relação que eles têm com ela. Fazer com que seu filho entenda que a decisão de separar foi tomada pelas duas partes pode diminuir a sensação de abandono.
“Por mais simples que possa parecer, deixe que seus filhos saibam que seu amor por eles não mudou. Diga que ainda vai cuidar deles em todos os sentidos e que, juntos, vocês podem lidar com todos os detalhes”, disse Monica Pessanha, mãe de Melissa e psicoterapeuta de crianças e adolescentes.
Essa conversa vai variar muito de acordo com a idade da criança. Enquanto algumas já conseguem entender um pouco o que significa separação e divórcio, para outras esse é um conceito muito abstrato e pode ser mal interpretado dependendo do modo como for colocado para ela. Se seu filho tiver três anos ou menos, é importante trazer essa notícia de forma lúdica e não mencionar a separação em si. Levante alguns pontos para ele, em que a criança entenda que por mais que o pai e a mãe não sejam mais um casal, eles sempre serão pais dele:
O acompanhamento psicológico não é obrigatório, mas pode acontecer antes ou depois da separação, caso a família sinta essa necessidade. Esteja atento a qualquer mudança de comportamento do seu filho! Se você sentir que não estão conseguindo resolver todos os problemas em casa, procure a ajuda de alguém de fora. A família inteira pode ajudar nesses momentos.
Nem todas as crianças entendem uma separação da mesma forma, e a idade faz toda a diferença:
O bebê não entende a separação dos pais porque ainda não tem a maturidade emocional necessária. Para criar o vínculo, o pai pode visitá-lo com frequência.
A criança já tem um desenvolvimento afetivo e psicomotor. Ou seja, sabe quem
são os pais e confia neles. A conversa deve ser franca e simples, deixando claro que um deles não vai mais morar com a família, mas que ainda verá o filho.
Mais independentes nos quesitos emocional e psicomotor, elas já entendem o que significa
uma separação. Os pais podem explicar o que aconteceu, sem entrar em detalhes. As crianças podem fantasiar sobre a causa do divórcio, por isso, deixem claro que nada tem a ver com elas.
Mesmo que já entendam a separação, ainda fantasiam sobre a culpa e podem sentir
medo do abandono. Terão dúvidas, estejam preparados para responder, reforçando a relação de confiança. Contam com os encontros combinados, e pequenas provas de amor fazem diferença.
Manter os filhos em primeiro lugar requer muita maturidade e esforço por parte do ex-casal, sabemos que não é fácil conseguir isso. Mas também não é impossível, quando você deseja o bem da criança acima de tudo. “Os adultos precisam entender que existem duas entidades conversando ali. Quando eles têm consciência disso, é possível atravessar esse período de maneira digna e respeitosa”, explica Daniella Freixo de Faria, mãe de Maria Eduarda e Maria Luisa, nossa embaixadora psicóloga.
Pensar no bem-estar do filho vai depender da dinâmica e relacionamento de cada família. O momento da decisão sobre a guarda pode gerar conflitos e mais discussões entre o pai e a mãe. Existem três tipos de guarda previstos por lei: as duas mais comuns são a unilateral e a compartilhada. Já a alternada acontece em casos mais específicos.
Mesmo em casos que a guarda não é compartilhada, o ideal é que a criança perceba que nada na vida dela mudou. Um filho de pais separados precisa sentir que não perdeu o amor de nenhum dos dois, que continua tendo ambos em sua rotina, para que a sua insegurança seja eliminada. Aliás, quando os pais se separam e mantêm um bom relacionamento, é normal que a criança ganhe muita qualidade da presença dos dois, que se tornam mais atentos e dedicados a ela.
Cada família saberá o que se encaixa melhor na sua situação e no momento em que estão vivendo. Em ambos os casos, os pais não poderão deixar de conversar entre si, mas a guarda compartilhada exige ainda mais contato. “É fundamental entender que qualquer tipo de combinado não pode ser pensado somente no adulto. Essa guarda surgiu baseada na necessidade da criança em estar tanto com um como o outro. A rotina precisa ser planejada, não adianta ela ficar de mala para um lado e para o outro, principalmente em momentos como esse”, afirma a psicóloga Daniella.
(Fonte: Alessandro Amadeu e Regina Beatriz da Silva, doutora em direito civil pela USP)
Mesmo que seu filho já entenda sobre a separação, é importante saber que mágoas e raiva poderão existir. Nesse cenário, é necessário um grande esforço deixar tudo isso de lado e manter o bom convívio entre pai e mãe. Mas, calma, vocês também não precisam ser melhores amigos caso não sintam-se à vontade. Uma boa relação não significa frequentar os mesmos eventos ou sair para tomar café e dar boas risadas.
Até que cada um encontre o seu próprio portal, é extremamente necessário ter em mente que a criança não pode ser envolvida nas brigas e discussões. Quando você desabafa com o seu filho sobre os problemas em relação ao seu ex-parceiro, ele se sente pressionado a escolher um lado, além de cultivar sentimentos negativos sobre o próprio pai ou mãe. Por mais que você esteja magoado, isso jamais deve acontecer, a fim de preservar a saúde familiar.
Inclusive, é essencial lembrar que essa atitude tem nome e sobrenome: alienação parental. No Brasil, um grande marco foi a Lei nº 13.431/17, que reconheceu a prática como forma de violência psicológica ao menor.
A chegada de um filho significa uma nova rotina! Saiba como familiares e amigos podem te ajudar nesse processo:
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