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Uso de antibióticos em menores de 2 anos pode causar doenças crônicas, segundo estudo

Imagem Uso de antibióticos em menores de 2 anos pode causar doenças crônicas, segundo estudo

Publicado em 17/11/2020, às 07h53 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano


Em estudo realizado pela fundação estadunidense Mayo Foundation for Medical Education and Research e pela universidade de Rutgers, foi concluído, no último domingo, 15 de novembro, que, crianças de até 2 anos que fazem uso de antibióticos têm maior chance de desenvolverem doenças crônicas.

A pesquisa, segundo o site EurekAlert, envolveu 14.572 crianças nascidas no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, entre os anos de 2003 e 2017. Tendo, 70% delas, tomado antibiótico ao menos uma vez antes de completarem 2 anos de vida.

“A exposição precoce a antibióticos foi associada ao risco maior de desenvolvimento de doenças como asma no início na infância, rinite alérgica, dermatite atópica, doença celíaca, sobrepeso, obesidade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade”, explicitou o estudo. Sendo que os efeitos, dependendo do remédio podem variar, levando em consideração também o tempo de uso da medicina.

Crianças de até 2 anos que fazem uso de antibióticos têm maior chance de desenvolverem doenças crônicas (Foto: ThinkStock)

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Eles pautaram a descoberta tendo hipótese de que o microbioma humano (conjunto de bactérias, vírus e fungos que compõem o organismo) desempenha um papel importante no desenvolvimento inicial da imunidade e metabolismo. “A evolução das bactérias resistentes aos medicamentos exemplifica uma consequência não intencional do uso excessivo de antibióticos”, explicou o co-autor do estudo Martin Blaser, diretor do Centro de Biotecnologia Avançada e Medicina da Rutgers.

“As descobertas fornecem evidências dos efeitos amplos e retardados das exposições iniciais aos antibióticos e devem mudar as práticas dos médicos na frequência com que prescrevem antibióticos, especialmente para condições leves”, continuou ele. Ainda com todas as informações os pesquisadores acreditam que são necessários outros estudos para ir mais a fundo sobre os riscos dos antibióticos em crianças.

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