Veja quanto você gasta para criar seu filho até os 18 anos no Brasil

Publicado em 01/03/2023, às 12h23 por Redação Pais&Filhos

A gravidez é sempre um momento de alegria para a família. No entanto, o melhor cenário é que a chegada do bebê seja planejada, principalmente na parte financeira. Mesmo que a gestação tenha acontecido ‘por um acaso’, não muda o fato de que há um grande gasto para criar um filho no Brasil.

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O Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) levantou dados para um estudo pedido para o portal Estadão e com base do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 30% da renda de famílias é direcionada apenas para as despesas dos filhos da família. Esses gastos são em educação, alimentação, vestimentas, diversão, saúde e custos comuns da família, como aluguel e contas de luz, água, entre outras.

Os valores que são gastos com filhos até os 18 anos podem variar de R$480 mil até R$1,2 milhão (para famílias de classe média, que tem uma renda familiar mensal de R$5.281 até R$13.200). Já, na classe B (com a renda de R$13.201 a R$26.400), podem gastar com os filhos de R$1,2 milhão a R$2,4 milhões. E a classe A começa com o orçamento de R$3,6 milhões, conforme a renda familiar.

Passar um tempo em família faz muito bem para todos — O valor pode passar de um milhão (Foto: Getty Images)

A despesa da classe D que tem uma renda média mensal de R$2.641 a R$5.280, gasta torno de R$293,6 mil a R$479 mil. E com um orçamento de até R$2.640, as famílias de classe E gastam com os filhos, R$239.6 mil. Segundo a pesquisa, o investimento nas classes mais altas chegam a ser 15 vezes mais em comparação a classe E. Já, em comparação a classe média, o investimento da classe A é 3 vezes maior.

Dinheiro entrando no porquinho — Há uma grande diferença nos gastos, variando de acordo com a renda familiar (Foto: Istock)

A professora e coordenadora do curso de economia da Insper, Juliana Inhasz, disse que a diferença de gasto com os filhos é muito discrepante: “É muito difícil colocar alguém da classe D ou E para competir com alguém da classe A. Falamos muito sobre a tal distribuição de renda, mas dá para entender por que isso se perpetua”, disse para o Estadão.

Os investimentos na primeira infância são os mais importantes e fundamentais para melhorar a trajetória do seu filho, então, o diretor da FGV Social, Marcelo Neri, disse que é na fase da infância que a criança tem transformações na capacidade cognitiva e comportamental.