Publicado em 05/05/2018, às 12h58 - Atualizado às 15h19 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
À medida que as mulheres tomam consciência de seus direitos – e possibilidades – enquanto gestante, cresce o desejo em dar à luz com o auxílio de uma parteira. Para a parteira Adriana Mello, mãe da Gabriella, o aumento no interesse ocorre porque “as gestantes sentem mais satisfação em relação aos cuidados e atendimentos, além de a taxa de sucesso [do parto] ser muito maior”. O último levantamento do Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, mostrou que “que as parteiras podem ser a diferença entre a vida e a morte para cerca de 300 mil mulheres por ano”. A data de celebração à profissão foi criada em 1991 pela Organização Mundial de Saúde.
A parteira Adriana Mello esclarece algumas dúvidas sobre a profissão. Confira a entrevista!
Qual é a função da parteira? Como ela acompanha a gestação?
Parteiras são pessoas formadas que cuidam de gestações de risco habitual [enfermeiras obstetras, por exemplo, fazem uma formação geral em enfermagem e especialização em obstetrícia]. A função dessas profissionais é acompanhar a gestação de risco habitual, identificar quaisquer problemas que possam ocorrer ao longo da gestação e, se for o caso, informar um atendimento médico. Além do acompanhamento no pós-parto e uma avaliação inicial do bebê, a parteira costuma acompanhar o crescimento, auxiliar no aleitamento materno e dar orientações gerais à mãe. Vale reforçar que as parteiras urbanas são profissionais qualificadas, diferentemente das parteiras de antigamente, que tinham um conhecimento passado de geração em geração
Como surgiu a figura da parteira?
Surgiu principalmente em pequenas aldeias e povoados – quando os hospitais eram muito longe ou não eram acessíveis à população.
Qual é a diferença no trabalho?
Com parteiras, a taxa de interferência em partos é menor. As gestantes sentem mais satisfação em relação aos cuidados e atendimentos, além de a taxa de sucesso ser muito maior. Esse trabalho tem que ser cada vez mais disseminado, divulgado, estimulado e orientado às mulheres para que se possa diminuir a mortalidade materna e neonatal, principalmente nas gestações de risco habituais.
Qual é a diferença entre parteira e doula?
É basicamente o conhecimento técnico. A doula é voltada para um conhecimento psíquico, emocional, tem conhecimento da fisiologia do parto para dar apoio emocional e físico na hora do parto. Mas ela não tem uma responsabilidade técnica sobre o parto, como escutar o batimento cardíaco do bebê, observar sangramentos etc. A função da doula é de orientação, acolhimento, durante a gestação, parto e pós parto. Existe uma conexão entre o trabalho das duas e uma não substitui a outra!
Leia também:
É possível sair 7 horas após o parto do hospital sem ser uma princesa?
Notícia boa! Nova York vai incentivar o trabalho de doulas nos partos
Conheça 7 dicas de planejamento para um pós-parto mais calmo
Família
Carol Nakamura desabafa sobre decisão de filho adotivo: “Continuarei amando ele”
Família
Ex-namorada de Anderson, do Molejo, fala sobre morte do cantor: "Arrasada"
Família
Daiana Garbin posta vídeo engraçado da filha Lua e Tiago Leifert cai na gargalhada
Família
Belo anuncia romance após separação de Gracyanne Barbosa: "Não estou solteiro"
Família
Filha de Anderson Leonardo, do Molejo, faz homenagem: "Não me ensinou a viver sem você"
Bebês
Nomes bíblicos femininos: veja a lista com opções lindas e fortes para meninas
Família
Kelly Key fala sobre sua mudança para Angola com a família: “Terra de oportunidades”
Bebês
180 nomes femininos diferentes: ideias de A a Z para você chamar a sua filha