Publicado em 11/07/2018, às 08h34 por Jennifer Detlinger, Editora de digital | Filha de Lucila e Paulo
Amamentar vai além de apenas dar o leite ao bebê. É um ato de amor, proteção e carinho, que faz toda diferença no desenvolvimento da criança ao longo da vida. E nós acreditamos que a experiência de aleitamento precisa ser bom para a mãe e para o filho. Não importa o jeito, desde que seja o seu.
Indo totalmente na contramão desse pensamento, representantes do governo dos EUAse recusaram a apoiar uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que incentiva a amamentação. A delegação surpreendeu a comunidade internacional em uma reunião na Assembleia Mundial da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao condenar uma decisão de incentivo à amamentação. O texto apresentado na Assembleia pela ONU foi baseado em décadas de pesquisa e recomendou que os governos apenas tomassem cuidado com as propagandas enganosas sobre os métodos de substituição do aleitamento.
Além de imprudente, o posicionamento americano não tem fundamentos, já que o leite materno tem comprovação científica como a opção mais saudável para os bebês. Essa decisão dos EUA atende apenas aos interesses dos fabricantes de fórmulas infantis à base de leite. Segundo o jornal The New York Times, a indústria de alimentos para bebês movimenta cerca de US$ 70 bilhões e é dominada por empresas americanas e europeias.
O governo americano chegou até a ameaçar a outros países que apoiassem a medida. O Equador, por exemplo, que foi autor da resolução pró-amamentação, perderia acordos comerciais e ajuda militar dos EUA caso manifestasse apoio à amamentação. Dá pra acreditar? Depois dessa ameaça, a resolução foi negada por 12 países, a maioria da África e da América Latina. Felizmente, as discussões sobre a decisão acabaram sendo conduzidas pela Rússia, que interferiu e fez os americanos desistirem das intimidações e chantagens.
Bom para o filho, bom para a mãe
Vamos sempre defender que o leite materno é o alimento mais completo para o bebê: além de nutrir, ele traz outros inúmeros benefícios. “Existem pesquisas que mostram que amamentar com leite materno faz com que as crianças tenham mais pontos de QI, maior desenvolvimento emocional e imunológico. Além disso, ele beneficia o trato gastrointestinal, a cavidade oral, é capaz de prevenir alergias e outras doenças, como a obesidade e o diabetes”, ressalta a consultora em aleitamento materno pela Universidade da Califórnia, Eneida Souza, mãe de Júlia, Beatriz e Daniel.
Evitar a diarreia e auxiliar no desenvolvimento do sistema nervoso são outras consequências do aleitamento materno. E não pense que somente a criança sai ganhando! As mães também se beneficiam com a amamentação, já que ela ajuda no controle do sangramento após o parto, prevenindo hemorragias. Segundo Eneida, também auxilia na proteção contra o câncer de útero e de mama e ainda pode dar aquela mãozinha para emagrecer.
Um estudo realizado pela Universidade da Carolina do Norte mostra que crianças que foram amamentadas têm menor tendência a ter doenças como leucemia, infecção de ouvido, doença de Crohn’s, úlcera, além de problemas gástricos e respiratórias. Foi comprovado também que amamentar por mais de seis meses diminui o risco de doenças e morte precoce do bebê. Segundo outra pesquisa publicada em 2016 pela revista científica The Lancet, o aumento dos índices de amamentação evitaria 800 mil mortes de crianças por ano no mundo.
Nosso papel é informar as mães sobre os benefícios da amamentação, para que tenham perseverança nesse momento. Mas todo mundo é diferente, e o importante é não se sentir culpada e dar ao seu filho o que for melhor para ele, sempre!
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