Criança

Bebê de 11 meses fica famosa ao subir escada sozinha: entenda a visão de pediatras sobre os riscos

Laura, uma bebê de 11 meses, viralizou na internet após subir em uma escada sozinha. Pediatras orientam quanto aos riscos de acidentes domésticos - iStock
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Publicado em 04/03/2021, às 15h55 - Atualizado em 11/03/2021, às 14h01 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco


Na última semana, o vídeo de uma bebê de onze meses escalando uma escada viralizou na internet e deixou muita gente de boca aberta com a situação. Nas imagens, é possível ver a menina subindo no objeto para chegar até a janela. Em entrevista ao Fantástico, a mãe de Laurinha, Sara Ferreira, contou que não é a primeira vez que a filha fez isso e na ocasião mais recente, ela decidiu filmar.

Laura, uma bebê de 11 meses, viralizou na internet após subir em uma escada sozinha. Pediatras orientam quanto aos riscos de acidentes domésticos (Foto: iStock)

Aos quatro meses, a menina começou a engatinhar, no quinto ficava em pé, e no nono mês já andava. Em entrevista à UOL, a mãe, Sara Ferreira, contou que a garota já havia repetido a aventura duas vezes e, na terceira, ela decidiu filmar o que estava acontecendo. “Essa foi a terceira vez que ela fez a mesma coisa. As duas vezes ele fez sob minha supervisão e eu vi que ela era capaz, aí eu falei que ia filmar para mostrar para o pai dela”, contou. (Para assistir ao vídeo, clique aqui)

Sara também disse que vem passando por um trabalho para dar segurança e autonomia à filha, que começou a engatinhar com quatro meses e, com 9, já estava andando. “Nós somos a emoção e a confiança dos nossos filhos. Muita gente criticou a minha calma. Eu tinha que passar calma e segurança para ela. Em momento nenhum eu quis colocar a minha filha em risco. Os bebês são capazes. Eu deixo explorar com responsabilidade“, explicou a mãe.

De olho nos acidentes domésticos

Sara esteve presente em todos os momentos em que a filha se aventurou, mas muitas vezes, isso não é possível. O vídeo, que mostra a sagacidade da menina, serve de alerta para outros pais sobre a importância do uso de redes de proteção, afinal, não é sempre que você vai estar por perto, para ajudar ou até mesmo filmar esse tipo de brincadeira do seu filho. Além disso, você não pode confiar 100% na rede de proteção, afinal, elas têm prazo de validade.

Conversamos com os pediatras Dr Claudio Len, colunista da Pais&Filhos, pai de Fernando, Beatriz e Silvia, com a Dra. Flávia Oliveira, mãe de Pedro e Lucas e com o Dr. Carlos Junichiro Amino, pai de Ricardo e Nicole e médico da Doctoralia, para alertar sobre os riscos dos acidentes domésticos.

Carlos explica que quanto ao desenvolvimento infantil, é superimportante ficar de olho em marcos de uma fase mais avançada. Mas, Claudio completa que, neste caso, “isso expõe muito ao risco,  e não é sinal de desenvolvimento. Uma coisa é a criança brincar em um lugar bom, que tenha desafios, mas tem que tomar cuidado”, alerta.

A supervisão de um adulto é indispensável para evitar acidentes

Dentro de casa, todo cuidado é pouco e os pais não devem tirar os olhos dos filhos até que eles tenham responsabilidade o suficiente para lidar com essas situações. “Com relação ao vídeo, nunca se deve deixar uma escada, um banco ou uma cadeira ao alcance da criança para que ela possa puxar e subir, porque isso é perigoso. No caso de, por exemplo, escadas fixas, é importante usar portões que possam ser fechados ou trancados para a criança não passar ou sair rolando. Na região da lavanderia, como foi o caso do vídeo, vale a pena ter uma uma porta que evite a criança ir para o local, porque lá ela pode mexer na máquina de lavar, produtos de limpeza, que podem ser tóxicos, escadas, banquinhos, colocar pregador de roupa na boca acabar engolindo”, comenta Carlos.

No mundo inteiro, cerca de 1 milhão de crianças morrem por causas acidentais anualmente, segundo a Safe Kids Worldwide. Dentre as principais causas no Brasil que mais possuem números de internações por conta de acidentes domésticos, é possível notar que na faixa etária de 0 a 14 anos são as quedas e queimaduras, de acordo com a ONG Criança Segura. “Acidente na infância é superimportante e a criança deve ter um ambiente totalmente adequado de supervisão”, alerta Claudio. Outra dica importante, é ter sempre por perto um guia de primeiros socorros para saber como agircaso um acidente possa vir a acontecer.

O que fazer se a criança cair e se machucar

Se a queda for em um ambiente domiciliar em uma altura menor do que 90 centímetros, a Dra. Francielle Tosatti, Pediatra, da Sociedade Brasileira de Pediatria, especialista em em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein, explica que não costumam causar grandes contusões. Mas, se for notado sinais como irritabilidade, sonolência, vômitos ou dor intensa, procure atendimento médico imediatamente.

Caso um acidente doméstico aconteça, é essencial saber como agir para iniciar o socorro imediatamente (Foto: Shutterstock)

Se não houver uma fratura no local do machucado, aplique gelo no local e observe se o inchaço ou dor ao movimentar acontece. Se houver qualquer tipo de corte, o recomendado é lavar com água corrente. Caso haja sujeira no local, como areia ou terra, por exemplo, faça uma compressão com panos limpos enquanto se dirige ao pronto-socorro para avaliar se há necessidade de sutura e/ou exames de imagem.

Nada de forçar os estímulos da criança!

Apesar de Sara não ter forçado os estímulos da filha quanto às etapas do desenvolvimento, Claudio Len comenta que a bebê possui uma boa coordenação motora, além de uma força muscular. Por outro lado, quando a família tenta estimular a criança além do que se é considerado saudável, Flávia explica que isso pode gerar estresse na criança, além de alterações na arquitetura cerebral. “Isso pode acontecer em qualquer fase da vida, mas principalmente nos cinco primeiros anos, que são essenciais”, explica. “Temos que tomar muito cuidado. As expectativas em relação aos nossos filhos nem sempre vão ser realidade. Quando criamos expectativas com algo que os nossos filhos não podem lidar naquele momento, isso causa frustração na gente e quando eles são muito pequenos não percebem e isso gera uma insegurança que não é boa para o desenvolvimento. Então, é essencial ter respeito ao bebê e também a orientação de um pediatra para passar todas as informações possíveis de maneira correta”.

Como prevenir acidentes domésticos

Na cozinha/lavanderia: a criança nunca deve estar sem a supervisão de um adulto neste ambiente. Invista em travas de porta de geladeira, armário, além de prendedoras de gavetas e protetores de fogão e cooktop.

Trava para portas e gavetas (Foto: Divulgação)

A Trava multiuso flexível: evita que e criança abra portas ou gavetas, podendo ser adaptada em cada residência. No valor de R$ 12,71, você pode comprar o produto pela Amazon CLICANDO AQUI.

Quinas e escadas: a família pode optar por protetores de quinas, evitando assim cortes e fraturas, além de adesivos antiderrapantes em escadas.

Protetor de quina buba (Foto: Divulgação)

O produto é vendido na Amazon por R$ 17,90 e pode ser comprado CLICANDO AQUI. O kit acompanha quatro protetores de quina, que podem ser instalados a partir da necessidade da família.

Já para as escadas fixas, os pais podem optar por fitas antiderrapantes, evitando assim que a criança escorregue e sofra algum tipo de queda ou trauma com o acidente doméstico. Vale lembrar ainda que o uso de portões para evitar o acesso são indispensáveis.

Fita antiderrapante (Foto: Divulgação)

A fita antiderrapante em um rolo de cinco metros pode ser encontrada por R$ 45,90. Para comprar sem precisar sair de casa, é só CLICAR AQUI.

Janelas e varandas: para evitar o acesso, use telas e barreiras que não permitam que a criança alcance o local. Aa supervisão de um adulto também é indispensável.

Tela de proteção (Foto: Divulgação)

Na Amazon, é possível encontrar a tela de proteção para janelas por R$ 26,00, garantindo a segurança de bebês e crianças contra os acidentes domésticos. Para comprar, CLIQUE AQUI.

Piscinas: ao redor de todo o ambiente, use cercas ou grades do proteção, além de um portão que deve ficar sempre trancado. Após o uso, feche a piscina com lona e se necessário, coloque um alarme na região. Vale lembrar que as cercas devem fechar os quatro lados, além de terem pelo menos 1,5m de altura e serem a prova de escaladas.

Lona para piscina (Foto: Divulgação)

A lona reforçada de polietileno pode ser comprada CLICANDO AQUI, e possui o preço de R$ 202,48. Dessa maneira, o ambiente fica mais protegido, evitando quedas e a possibilidade de afogamentos.


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