Publicado em 03/02/2020, às 14h01 - Atualizado às 14h26 por Redação Pais&Filhos
Marcus Vinicius Alexandre Silva, de 28 anos, estava viajando com a família na madrugada do dia 26 de janeiro, em um voo da GOL em Aracaju, foram abordados por um tripulante pediu que eles se retirassem devido a uma doença de pele rara, porém não contagiosa, da filha do casal de 2 anos.
A família mora em Girau do Ponciano, Alagoas, e precisaram ir para Aracaju apenas para pegar o voo, direto para São Paulo, onde conseguiriam ter uma consulta médica para tratar da doençada filha, que estava se espalhando cada vez mais pelo corpo dela.
“Ele passou por nós, olhou para minha filha, baixou a cabeça e perguntou baixo: ‘é catapora?’ Minha esposa disse que não. Daí ele disse: ‘parece que é contagiosa’. Minha esposa voltou a negar. Em seguida, ele saiu”, contou o pai, segundo o site Uol.
“Eles voltaram e pediram para a gente se retirar do avião e conversar lá embaixo. Disseram que era uma doença contagiosae estavam seguindo determinação da Anvisa”. A menina de 2 anos tem ictiose, uma doença genética caracterizada pelo intenso ressecamento e descamação da pele. Mesmo não sendo contagioso, a menina acabou sofrendo preconceito.
Os pais e o avô, que também estava no voo, precisaram apresentar um laudo médico que falava sobre a doença que a filha tinha e, mesmo assim, continuaram insistindo que a família saísse do avião. Uma enfermeira que também estava lá, ouviu o caso e tentou ajudar os pais.
“Eu expliquei aos comissários que a doença não é contagiosa. Mostrei fotos do Google e argumentei de toda forma possível que a ictiose não é contagiosa”, explicou Maria Helena Mandelbaum. Outro passageiro acabou afirmando que aquela família estava atrasando o voo e que também queria que saíssem do avião.
Maria Helena resolveu intervir na situação mais uma vez. “Ele disse que era proibido transporte de pessoas com doença contagiosa. Eu reafirmei o que já tinha dito e até me propus a fazer uma declaração de que a ictiose não é contagiosa. A família é muito humilde, não poderia perder a viagem e a consulta. Ele disse que não poderia aceitar pois ‘a senhora não é médica, é só uma enfermeira'”, contou ao Uol.
Após um tempo, a criança começou a chorar devido a todo o estresse. “Um funcionário disse ‘ou vocês saem por bem ou por mal. Se não saírem vamos chamar a Polícia Federal’. Nisso a gente saiu. Pensa na vergonha que a gente passou na frente de 200 pessoas que estavam no voo. A gente se sentiu um lixo”, desabafou o pai.
Depois que saíram do voo por pressão dos demais passageiros, a família ainda precisou apresentar o laudo médico atestando que a doença não era contagiosa para entrar no próximo voo para um funcionário da Gol no guichê de atendimento. Precisaram sair às pressas para o Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE), onde conseguiram a declaração.
Depois de tudo, voltaram para o aeroporto e conseguiram embarcar em outro voo. Precisaram fazer a viagem porque as manchas tinham se espalhado por todo o corpo da menina, preocupando ainda mais os pais.
Gilson José da Silva, advogado da família, afirmou que a maior preocupação dos pais no momento é com a saúde da menina. Mas que futuramente entraram com uma ação por danos morais contra a GOL. No dia 31 de janeiro, o Procon-SP notificou a Gol sobre o ocorrido.
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