Publicado em 16/10/2020, às 07h25 - Atualizado às 07h56 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
“A gagueira infantil é uma disfluência neurológica que resulta em dificuldade para controlar a parte motora da fala”, é assim que a fonoaudióloga Tatiane Lettieri Conte, mãe de Isabella, define essa situação. A especialista esclarece que a criança com essa condição sabe exatamente o que deseja falar e tem segurança sobre o que quer dizer, mas o cérebro encontra dificuldade em transformar esse pensamento abstrato em ato motor.
Ela alerta que é comum que a criança tenha gagueira em alguma fase, no período em que compreende muito mais do que é capaz de falar, que acontece entre os 2 e 6 anos de idade. “Seus pensamentos e linguagem interna se manifestam com uma rapidez que o cérebro não consegue acompanhar”, conta. Esse distúrbio também atinge mais os meninos do que meninas e pode ser decorrente de alguma complicação no parto. Há algumas características da gagueira em crianças para você ficar atento:
Por isso, se os pais perceberem algum desses sintomas, trocas de palavras, dificuldade de iniciar e terminar palavras, e até outros agregados, como a tensão e nervosismo da criança quando precisa falar algo, ou até “tiques” faciais, podem entender que é necessário ficar alerta, pois pode ser um sinal de que as coisas não andam bem.
Tatiane explica que a gagueira é um distúrbio causado por diversos fatores, sendo o principal a hereditariedade. Quando pessoas da família já apresentam ou apresentaram essa condição aumentam as chances das crianças também apresentarem. Outra questão que pode desencadear a gagueira é algum problema neurológico. Embora não seja a causa, fatores emocionais também podem agravar o quadro. Por isso, é fundamental garantir a saúde em dia e buscar ouvir mais o seu filho.
É justamente esse um dos itens que a fonoaudióloga lista para os pais fazerem em casa para ajudarem na melhora da situação. Ela também destaca não interromper a fala da criança, fazer perguntas mais claras, ter um tempo à sós com o filho para que tenha liberdade de contar tudo o que quiser, não competir palavras com as crianças. “Às vezes, ela está falando errado, está demorando para falar e os pais querem ajudar e ficam naquela afobação e é onde a criança acaba gaguejando”, alerta.
Como dito anteriormente, o esperado é que a gagueira, caso apareça, seja algo passageiro. Mas se a situação se mantiver, vale sim procurar ajuda. “Apesar da gagueira não afetar o desempenho intelectual da criança, pode desencadear outras coisas como bullying e desmotivação, que podem vir a se tornar um obstáculo para os pequenos diante do meio social”.
Tatiane opina que um diagnóstico precoce garante uma melhor qualidade de vida, então não hesite em buscar. Se o seu filho, mesmo no período esperado, apresenta a disfluência por mais de 6 meses, tem histórico familiar, algum problema no parto, algum problema neurológico, a consulta é necessária. O tratamento fonoaudiólogo dispõe de técnicas e procedimentos para tratar a gagueira através de trabalhos lúdicos, músicas, histórias, com o objetivo de que a criança perceba como é a fala dela e como ela pode controlar isso.
A ideia é oferecer os estímulos para que os pequenos encontrem os próprios caminhos. E nesse sentido, é mais do que válido o trabalho conjunto dos pais em casa, com os exercícios que já citamos aqui. “Lembrando que ninguém é 100% fluente. A diferença é que as pessoas que gaguejam cometem mais disfluência do que as pessoas comuns”, finaliza.
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