1,5 milhão de crianças perderam pais e responsáveis para a covid-19
Estudo publicado pela revista científica “The Lancet” foi o primeiro a analisar essa situação diante a pandemia do coronavírus
Resumo da Notícia
- Esse é o primeiro estudo global do tema diante a pandemia
- O Brasil aparece no alto dos índices
- Foi publicado pela revista científica The Lancet
A revista científica “The Lancet”, divulgou nesta última segunda-feira, 19 de julho, um estudo que aponta que cerca de 1,5 milhão de crianças perderam pais, avós ou cuidadores em razão da covid-19. Esse é o primeiro estudo global sobre o tema diante da pandemia do novo coronavírus.
O brasil aparece no estudo como um dos países em que proporcionalmente essa ocorrência é maior, com 130 mil crianças que já perderam o responsável pelos cuidados, o que equivale a duas crianças a cada mil. Esse índice só é menor que o do Peru (10 a cada mil), da África do Sul (5 a cada mil) e o do México (3 a cada mil). Das 1,5 milhão de crianças, mais ou menos um milhão perderam o pai e/ou a mãe. As outras 500 mil perderam uma outra pessoa, como uma avó.
O levantamento segue critérios científicos, como a revisão por pares. Os pesquisadores responsáveis alertam que “crianças que perderam um parente ou cuidador estão arriscadas a sofrerem de efeitos adversos de curto e longo prazo sobre a sua saúde, segurança e bem-estar, como o aumento do risco de doenças, abusos físicos, violência sexual e gestação na adolescência”.
“Os pesquisadores pedem a adoção de uma ação urgente para responder o impacto das perdas de cuidadores como parte dos programas de combate à Covid-19”, afirma a “The Lancet”. “A cada duas mortes por Covid-19 no mundo, uma criança foi deixada para trás para enfrentar a morte de um parente ou cuidador”, diz Susan Hills, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e uma das pesquisadoras que lideraram o estudo.
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