Advogada da babá de Henry diz que mãe não protegeu o filho: “Não houve socorro”

A advogada da babá de Henry Borel, de 4 anos, disse que a mãe do menino Monique Medeiros, teve atitudes ‘negligentes’ após contar pelo menos três agressões cometidas por Jairinho. O menino de 4 anos que perdeu a vida na madrugada do dia 8 de março.

“Nenhuma mãe em sã consciência tendo relatado algum episódio com o padrasto ia deixar que ocorresse a segunda vez. Imediatamente essa criança tinha que ser afastada de casa, ou ela tinha que ter se afastado do atual marido. Ela viu, e me marcou muito essa questão da negligência”, disse Priscila Guilherme Sena em entrevista ao Domingo Espetacular, segundo o UOL.

Em um dos episódios, a babá Thayná de Oliveira Ferreira enviou mensagens para Monique e chegou a enviar um vídeo de Henry mancando após passar algum tempo em um quarto com Jairinho. A advogada disse que faltou “acalento” da mãe com o menino após chegar no apartamento, na Barra da Tijuca.

“Ela (a babá) disse que eles entraram no carro, deram uma volta no condomínio e em momento nenhum ela pegou o menino, pra acalentar o menino. Passou uma impressão de futilidade. Não houve o socorro, entre aspas, à criança, quando ela precisou”, disse Priscila Sena.

A defesa ainda disse que a babá optou em não denunciar pois ‘cabia a ela para proteger o menino’. “O papel da Thayná foi de realmente proteger o menino naquilo que cabia a ela proteger o menino. Acredito que em ponto nenhum (ela foi negligente), porque acredito que ela, na qualidade de babá, fez aquilo que devia ser feito, que é de passar aquilo que estava acontecendo”, afirmou a advogada.

Declaração da Babá de Henry Borel após prestar novo depoimento

De acordo com o UOL, no último dia 12 de abril, a babá, chorou ao lembrar do menino e pediu desculpas ao delegado por ter mentido na primeira versão do depoimento, quando disse que a relação da família era harmoniosa. E em seguida, passou a fazer revelações sobre o caso que têm ajudado a investigação e levaram a prisão de Monique Medeiros e Dr. Jairinho. 

Contudo, de acordo com a advogada de Thayná ainda para o UOL, a jovem se preocupa com a reação de sua família com relação a toda exposição do caso. E comentou que está muito abalada: “Eu só quero estar reclusa cada vez mais e ser esquecida”.

A mulher disse, que após prestar os depoimentos e relatar as agressões por Henry tem cuidado da saúde: “Estou priorizando a minha saúde mental e minha paz interior. Estou muito triste com tudo isso. Eu só rezo todos os dias para que tudo seja resolvido o mais rápido possível”.

A advogada ainda lembrou: “A Thayná se emocionou bastante nos momentos em que lembrava do menino. Ficava dizendo que ele era muito carinhoso”, contou. E junto com a necessidade de falar a verdade, a advogada  conta que a babá chegou a ter medo de ser presa.