Publicado em 19/11/2020, às 07h50 - Atualizado às 07h54 por Camila Montino, filha de Erinaide e José
Na última quinta-feira, 12 de novembro, uma bebêde seis meses de vida passou por cirurgia rara, em Brasília, feita pelo Sistema único de Saúde (SUS), no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), para retirar um ‘feto parasita’, que estava próximo ao intestino delgado. A criançajá recebeu alta e, segundo os médicos, passa bem.
Segundo o Jornal de Brasília, Micaela Alves da Silva, 25 anos, sem saber que estava grávidade gêmeos, teve um parto tranquilo e deu à luz Evelyn. Poucas semanas depois, percebeu que a filha chorava bastante, vomitava um líquido verde e estava com semiobstrução intestinal.
Então, a mãe levou a bebê para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), onde fez uma radiografia e uma tomografia de abdômen. Ao receber o diagnóstico, veio o susto com a informação sobre o ocorrido. “Foi um choque, nunca tinha visto isso na minha vida”, contou a mãe.
Chamado cientificamente de fetus in fetu (FIF). O caso pode ocorrer em um a cada 500 mil nascimentos, explica o médico Acimar Cunha Júnior, cirurgião pediátrico do Hmib.
A condição pode acontecer em gravidez de gêmeos e se dá da seguinte forma: um dos fetos se une ao outro para sobreviver e passa a se alimentar do sangue e da energia do par como um parasita, porém não possui órgãos essenciais desenvolvidos para evoluir – o que o impede de sobreviver fora do organismo hospedeiro.
Nesses casos, os sintomas são inchaço e dor no local. Inicialmente, os exames demonstraram a possibilidade de um tumor, mas com as características de ossificação dentro da massa, foi levantada a possibilidade diagnóstica de FIF.
Por se tratar de um caso complexo, a equipe do hospital encaminhou a criança para o Hmib, que é o hospital referência em cirurgia pediátrica. Chegando lá, a sala de cirurgia foi preparada e a bebê operada. Uma equipe formada por quatro cirurgiões, fez a retirada do feto parasita. O procedimento durou cerca de duas horas e transcorreu com tranquilidade.
De acordo com o cirurgião pediátrico Acimar Cunha Júnior, Referência Técnica Assistencial da Unidade de Clínicas Cirúrgicas Pediátricas do Hmib, em casos assim, o gêmeo parasita não tem um corpo humano definido.
No caso da bebê operada, o feto se encontrava próximo ao intestino delgado, e foi retirado e analisado pela área de patologia da unidade, que identificou o baço bem definido, fígado e articulações. “É um caso raro. Tivemos apenas três casos assim no Distrito Federal”, relata Acimar.
O médico explica que, no mundo, há conhecimento de pouco mais de cem episódios publicados na literatura médica. Os dois outros casos relatados no DF foram diagnosticados no próprio Hmib e no Hospital Universitário de Brasília. Os primeiros casos descritos de fetus in fetu, no mundo, ocorreram em adolescentes.
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