Covid-19: Agência aprova uso emergencial da vacina Pfizer nos Estados Unidos
A farmacêutica responsável pelo imunizante tem um acordo com o governo dos EUA para fornecer 100 milhões de doses até março de 2021
Resumo da Notícia
- Pandemia já provocou morte de mais de 290 mil pessoas nos EUA
- O país que se tornou o sexto país a liberar o imunizante
- A Pfizer tem um acordo com o governo dos EUA para fornecer 100 milhões de doses da vacina até março de 2021
A agência regulatória de saúde nos EUA (FDA, na sigla em inglês) autorizou a vacina Covid-19 da Pfizer para uso emergencial, de acordo com fontes que tiveram conhecimento da decisão que falaram anonimamente ao New York, porque não estavam autorizadas a a discutir o assunto. A ação significa que milhões de pessoas altamente vulneráveis começarão a receber a vacina dentro de alguns dias.
A autorização é muito importante neste momento da pandemia, que já afetou mais de 290 mil vidas nos Estados Unidos. Com a decisão, os Estados Unidos se tornam o sexto país a liberar o imunizante — além de Reino Unido, Bahrein, Canadá, Arábia Saudita e México — a liberar a vacina. Outras autorizações, inclusive da União Europeia, são esperadas dentro de semanas.
Segundo O Globo, a autorização desencadeou um complicado esforço que envolve a Pfizer, empresas de transporte privado, oficiais de saúde estaduais e locais, militares, hospitais e redes de farmácia para obterem o mais rápido possível o primeiro lote com cerca de três milhões de doses que serão aplicados em profissionais de saúde e residentes de lares de idosos.
A Pfizer tem um acordo com o governo dos EUA para fornecer 100 milhões de doses da vacina até março de 2021. Cada estado, junto com seis grandes cidades, enviou ao governo federal uma lista de locais — a maioria hospitais — para onde o imunizante será enviado inicialmente.
Vacina em duas doses
A vacina da Pfizer é administrada em duas injeções, com 21 dias de intervalo, sendo a segunda dose um reforço. Durante o estudo da vacina foram analisados 170 casos confirmados da Covid-19 e os testes envolveram pessoas com mais de 65 anos e, a partir desta faixa etária, a vacina se mostrou mais de 94% eficaz. Ou seja, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que a pessoa tem 95% menos chance de pegar a doença se for vacinada do que se não for.
Das 170 pessoas analisadas, 8 tomaram a vacina experimental e 162 receberam o placebo (uma substância inativa). O imunizante, aplicado em duas doses, só é eficaz a partir de 28 dias.
Um ponto negativo da vacina é a necessidade de manter o imunizante em uma temperatura de menos 70°C para evitar que a substância perca seu efeito. Isso pode se tornar um grande empecilho em regiões remotas ou muito quentes, como o Brasil.