Fake news sobre vacinas aumentam o número de casos e de vítimas do Covid-19
A Organização Mundial da Saúde já afirmou que a desinformação sobre os imunizantes pode constar como uma ameaça a saúde global
Resumo da Notícia
- Uma pesquisa do Datafolha mostrou que 9% dos brasileiros afirmam que não vão se vacinar contra o Covid-19
- Esse número é ainda maior em países como Estados Unidos e Reino Unido: 16%
- As autoridades temem que essa parcela da população cresça e atrapalhe os esforços para imunizar o maior número de pessoas
Uma pesquisa do Datafolha mostrou que 9% dos brasileiros afirmam que não vão se vacinar contra o Covid-19. Esse número é ainda maior em países como Estados Unidos e Reino Unido: 16%. As autoridades temem que essa parcela da população cresça e atrapalhe os esforços para imunizar o maior número de pessoas e, assim, dar fim à pandemia. Segundo a BBC News Brasil, a principal culpada dessa situação são as fake news.
Como mostra a reportagem, grupos no Facebook com ideias anti vacinas contam com até 13,8 mil membros e são recheados de publicações que transmitem informações falsas. Em uma postagem recente, por exemplo, um usuário alegou que a vacina contra o Covid-19 iria “modificar o DNA dos seres humanos”. A afirmação já foi desmentida pela agência Reuters, agência Lupa e pelo G1.
O idealizador do União Pró-Vacina, projeto do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, João Henrique Rafael Junior, conta que teme que a vacina se torne um alvo ainda maior de desinformação. “É como em um tsunami. O mar já começou a recuar. Em breve, vamos ser atingidos por uma onda gigantesca de desinformação sobre as vacinas. Se não estivermos preparados, é impensável o efeito que isso pode ter”, diz ele, para a BBC.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já chegou a declarar que as mentiras envolvendo a pandemia estão se espalhando tão rápido quanto o vírus. Mais ainda: a crença em informações falsas contribuem para aumentar o número de vítimas por Covid-19, segundo a organização. Uma pesquisa publicada pelo American Journal of Tropical Medicine and Hygiene constatou que entre dezembro e abril haviam 2.311 publicações com teorias da conspiração e rumores na internet. Destas, só 9% eram verdadeiras. No caso do coronavírus, um dos mitos mais difundidos foi que ingerir álcool em grandes concentrações poderia limpar o corpo contra a doença – a afirmação levou pelo menos 5.876 pessoas a serem hospitalizadas, segundo o jornal. Como diz o próprio diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus: “A desinformação sobre vacinas é uma grande ameaça à saúde global”.
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