Publicado em 17/05/2022, às 06h50 por Redação Pais&Filhos
O casal Ben e Kami Crawford são famosos no Youtube e em outras redes sociais por serem atletas e influenciadores esportivos. Recentemente, eles se tornaram alvos de intensas críticas, após colocarem o filho Rainier, de 6 anos, para enfrentar os 42 km de uma maratona completa.
A situação alcançou uma repercussão indesejada pelos influenciadores, afinal as pessoas enxergaram a participação da criança em uma prova de extrema dificuldade até para atletas adultos e profissionais como um absurdo esforço para conseguir visualizações nas redes, e muita gente inclusive se referiu ao caso como abuso infantil. A corrida aconteceu na cidade de Cincinnati, Ohio, Estados Unidos, e foi feita por Rainier em 8 horas e 30 minutos.
Ben e Kami são pais de 6 crianças, e toda a família participou da maratona Flying Pig, que ocorreu no dia 29 de abril, ao lado de Rainier, única criança pequena da família. Após as publicações informando a participação da criança, as críticas surgiras de profissionais de saúde e de outros atletas. Não sei quem precisa ser informado sobre isso, mas com seis anos você não compreende os impactos físicos de uma maratona. Aos seis anos você não compreende o que é abraçar o sofrimento. Aos seis anos, sofrendo fisicamente, você não compreende que tem o direito de parar e deve parar”, disse a atleta olímpica Kara Goucher, medalha de prata no Campeonato Mundial de Atletismo de 2007 nos 10 mil metros.
Kara, que representou os Estados Unidos nas Olimpíadas de 2008 e 2012, afirmou: “Não estou questionando nenhuma motivação e dizendo são pais ruins, mas como atleta olímpica, eu tenho certeza que isso não faz bem para a criança. Crianças são crianças. Deixe que elas corram por aí, mas como pais é necessário proteger seus corpos e suas mentes em formação.” Médicos também se pronunciaram, e comentaram até nas postagens da própria família, explicando que o esforço de uma maratona completa pode causar riscos à saúde de um corpo ainda em desenvolvimento, além do estresse emocional que isso pode provocar nas crianças.
Algumas pessoas que assistiram ou participaram da corrida contaram que o menino chorou e sofreu de forma intensa ao longo da maratona. “Uma criança parando a cada 3 minutos, depois de 32 km, chorando e emocionalmente abalado. Pais ‘o ‘subornando’ para concluir a corrida, prometendo que ele vai ganhar Pringles. Pais não vendo questão nenhuma em permitir que isso aconteça. Está tudo errado nessa história”, escreveu o maratonista Lee Troop no Twitter, a respeito a uma postagem da família, que prometeu pagar o esforço da criança com batatas fritas.
“Nós nunca forçamos nenhum dos nossos filhos a correr uma maratona e não podemos imaginar que algo assim seja possível, seja em termos físicos ou emocionais. Damos a possibilidade de escolha para cada um deles a cada corrida. Ano passado, dois deles correram sem a nossa companhia. Em 9 anos, recebemos 53 medalhas, a maioria das crianças”, disse o casal em nota no Instagram. “Após o nosso filho de 6 anos implorar para se unir a nós, permitimos que ele treinasse e tentasse. Falamos com ele que era só 50% de chances dele chegar ao fim e permitimos que ele parasse a qualquer momento, quando ele quisesse ou se achasse que a segurança dele estava em risco. Perguntamos várias vezes se ele queria parar e ele foi muito claro que queria continuar. Não vimos nenhum sinal de exaustão ou desidratação e respeitamos a vontade dele de seguir correndo”, completaram.
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