Filha se torna “mãe” de idosa de 95 anos após agravamento de doença: “Filho que nunca tive”
Dorila Cortez, de 95 anos, está na fase três, de quatro, do Alzheimer e a filha, que é enfermeira, agora cuida dela como se fosse mãe.
Resumo da Notícia
- Dorila Cortez, de 95 anos, está na fase três, de quatro, do Alzheimer
- A filha, que é enfermeira, agora cuida de Dorila como se fosse mãe
- Segundo Nice, os papéis foram invertidos mas ela se sente grata por estar retribuindo os cuidados com a mãe
Dorila Cortez, 95, está na fase três, de quatro, do Alzheimer e a filha, que é enfermeira, agora cuida dela como se fosse mãe. Nieve Cortez Alves, conhecida como Nice, contou ao portal do G1 que os papéis precisaram ser trocados quando ela viu a mãe em condições preocupantes.
Quando Dorila Cortez Antelo ainda tinha 90 anos, a filha, que trabalha na área da saúde, começou a perceber os primeiros sintomas do Alzheimer. Nice é enfermeira e técnica de enfermagem e começou a fazer pesquisas com a suspeita de que a mãe estivesse com alguma doença relacionada a perda de memória.
“Pesquisei sobre demência em idosos e me orientaram a procurar o psiquiatra. Ele pediu tomografias e testes e o resultado foi Alzheimer”, contou. Diante da afirmativa do Alzheimer, a rotina de Nice, que decidiu trazer a mãe para morar com ela em Porto Velho, precisou de uma mudança.
Em quatro anos, após o início dos sinais da doença, a filha contou ter presenciado a evolução da doença. Uma rotina com caminhadas diária foi estabelecida pela filha, que busca pela longevidade da mãe. Cuidar da mãe, explicou a enfermeira, é uma missão envolta de um sentimento de reciprocidade do amor dado por ela durante toda a sua vida.
“Em relação a essa doença de Alzheimer, a pessoa volta a ser criança e totalmente dependente de tudo. Ela é meu ‘bebezão’. Eu tenho por ela gratidão e honra por ter o privilégio de poder cuidar como ela cuidou de mim. Mesmo que não se lembre de mim, eu sei o quanto fui amada por ela. Ela é o filho que não tive. “, finalizou.