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Icterícia no recém-nascido: o que é, causas, sintomas e como é feito o tratamento

É possível tratar a icterícia com banho de sol ou banho de luz - Shutterstock
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Publicado em 14/01/2022, às 09h45 - Atualizado em 17/03/2022, às 12h10 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso


A icterícia é uma alteração benigna muito comum que atinge a maior parte dos bebês recém-nascidos. Ela é causada devido ao aumento da bilirrubina na corrente sanguínea, uma substância que traz para a pele do bebê a coloração amarelada – sintoma, inclusive, que ajuda o pediatra a diagnosticar o problema.

Apesar de não ser preocupante, a icterícia no recém-nascido merece ser investigada de perto e com muito cuidado! Caso o bebê apresente algum sintoma, é superimportante identificar o problema e procurar um médico especialista para, assim que possível, dar início ao tratamento.

Sintomas de icterícia

Os pais devem ficar de olho se o recém-nascido apresentar sinais e sintomas de:

  • Pele amarelada
  • Parte branca do olho amarela
  • Mucosa da boca amarelada
  • Urina escura

Como identificar a icterícia no bebê?

Geralmente, é possível identificar a icterícia no bebê por volta do segundo dia. Mas, no caso de bebês prematuros, a condição pode surgir no quinto dia de vida. Visualmente, a pele ganha aspecto amarelado da cabeça aos pés. Uma dica para os pais identificarem o problema em casa é pressionar levemente o peito do bebê; caso a coloração mude para amarelo, é necessário levar a criança imediatamente para o hospital.

Diagnóstico

O diagnóstico da icterícia é feito através de dois exames diferentes: o chamado bilicheck, que testa uma luz na testa do bebê que estimula a bilirrubina, e o exame de sangue, que dosa a quantidade de bilirrubina direta e indireta no sangue.

É possível tratar a icterícia com banho de sol ou banho de luz (Foto: Shutterstock)

O que é bilirrubina?

A bilirrubina é uma substância de cor amarela encontrada no sangue e na bili, que se forma quando a hemoglobina, parte dos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio, é decomposta com o mesmo processo que os glóbulos vermelhos velhos ou com algum tipo de problema. Esse elemento, depois de alterado, é transportado pelo sangue até o fígado, processado e excretado pelo órgão. Existem dois tipos:

  • Bilirrubina indireta ou não conjugada: é a substância que se forma no momento em que glóbulos vermelhos são destruídos no sangue e transportados para o fígado;
  • Bilirrubina direta ou conjugada: aqui, ela corresponde à ligação entre a bilirrubina e um açúcar que atua no fígado. A concentração de bilirrubina direta se altera quando há alguma lesão no fígado ou obstrução das vias biliares

Causas

Apesar da condição apresentar várias causas diferentes, as três mais comuns são: a icterícia fisiológica, icterícia da amamentação e decomposição excessiva de glóbulos vermelhos. Além disso, é possível surgir também relações com doenças no fígado, congênitas, deformidades nas vias biliares e também infecções por bactérias ou vírus.

  • Icterícia fisiológica: pode surgir entre 24 ou 36 horas após o nascimento do bebê e costuma ser a causa mais comum, acometendo cerca de 60% dos recém-nascidos. Acontece por conta do fígado, que está pouco desenvolvido, além de apresentar certa complicação para eliminar ou transformar a bilirrubina;
  • Icterícia do leite materno: acontece em bebês que estão em amamentação exclusiva após 10 dias do nascimento. Há um aumento de hormônios, ou substâncias no sangue, que podem elevar a reabsorção da bilirrubina no intestino, dificultando assim a eliminação;
  • Decomposição excessiva de glóbulos vermelhos: é uma causa grave de icterícia, que pode acontecer por causa de doenças como, anemia falciforme, esferocitose ou hemolítica, provocada geralmente quando o sangue do bebê e da mãe possui algum tipo de incompatibilidade.

Quando devo me preocupar com a icterícia no bebê?

Existem alguns motivos que devem ter a sua preocupação quando o assunto é um bebê com icterícia. Fique atento e procure um pediatra o quanto antes se:

  • A icterícia aparecer nas primeiras horas de vida
  • Houver um rápido aumento em 24 horas ou os valores atingirem um número acima do normal para icterícia fisiológica
  • O cocô do bebê tiver cor branca
  • A parte branca do olho (esclera) apresentar colocação marrom
A pele amarelada é um dos sintomas de icterícia no bebê (Foto: Shutterstock)

Quais são os tratamentos?

  • Banho de sol
  • Fototerapia (banho de luz) para casos mais extremos de icterícia em bebês e crianças
  • Exsanguineotransfusão em casos mais graves

O que é a exsanguineotransfusão?

É um tratamento que tem como objetivo trocar o sangue do bebe com níveis altos de bilirrubina pelo sangue de um doador sem bilirrubina. Dessa maneira, é possível corrigir uma provável anemia e retirar do organismo a substância quer pode ser tóxica para o cérebro.

Complicações da icterícia no recém-nascido

O médico especialista é o único que pode identificar as causas da icterícia e, de fato, recomendar o melhor tratamento para o bebê. Quando não há um cuidado precoce, podem surgir complicações devido a concentração de bilirrubina, principalmente no cérebro. Também conhecido como querníctero, pode resultar na paralisia, atraso no desenvolvimento cerebral, convulsões, perda da audição e até mesmo morte. Vale lembrar que a situação é rara, mas é importante prevenir e sempre estar de olho nos sinais que o bebê dá.

Os pais podem passar a doença para os filhos?

Sim, mas não de maneira direta, pois a doença não é contagiosa. Geralmente, a situação ocorre quando os pais possuem antecedente familiar de doenças metabólicas, ou ainda hematológicas e de fígado. Vale lembrar que o excesso de bilirrubina da mãe não atravessa a placenta, portanto, essa não é a causa do bebê recém-nascido ficar amarelo. O risco acontece por questões genéticas.

Adultos podem ter icterícia?

Qualquer pessoa, independente da idade, pode ter icterícia se houver algum tipo de problema no fígado (o que aumenta a quantidade de bilirrubina direta) ou destruição excessiva dos glóbulos vermelhos (causando elevação da bilirrubina indireta).

Fonte: dra. Flávia Nassif, pediatra do Sírio-Libanês, mãe de Lara e Luísa e dr. Paulo Telles, pediatra e neonatologista pela Sociedade Brasileira de Pediatria, pai de Leonardo e Carolina.


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